Em atualização

O Parlamento açoriano aprovou o orçamento regional para 2022 com os votos a favor dos partidos da coligação PSD/CDS/PPM e com o ‘sim’ dos parceiros, o Chega, o deputado independente Carlos Furtado (ex-Chega) e a Iniciativa Liberal.

“A proposta do plano regional anual para 2022 foi aprovada na generalidade com 21 votos a favor do PSD, três do CDS, dois do PPM, um do Chega, um da IL e um do deputado independente, 25 votos contra do PS, dois do BE e um do PAN”, anunciou Luís Garcia, presidente do Parlamento regional.

Foram várias as semanas de negociação entre o Governo regional e os parceiros de incidência parlamentar que, por diversas vezes, ameaçaram rasgar o acordo através de votos não favoráveis ao orçamento regional.

Neste momento a incógnita estava do lado do Chega, depois de André Ventura ter dado indicações para o partido rasgar o acordo nos Açores, mas José Pacheco tinha dito que iria dar uma “última oportunidade” ao a Bolieiro e, no final do debate, anunciou que, “a bem da estabilidade”, iria votar a favor. O que acabou mesmo por acontecer esta quinta-feira.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Nuno Barata, da Iniciativa Liberal, foi o primeiro a mostrar-se desagradado com a proposta inicial apresentada pelo Governo, mas já tinha admitido ao Observador que o Executivo regional deu ao partido “mais do que pediu”.

Esta quarta-feira, na declaração final, Nuno Barata não tinha revelado o sentido de voto, mas tinha mostrado uma inclinação para o voto a favor, ao dizer que a proposta do partido para reduzir o endividamento foi tida em conta. A IL tinha falado numa “redução entre 15 e 20 milhões de euros” e a proposta do Executivo de Bolieiro conseguiu chegar a uma diminuição de 18 milhões de euros.

“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. É assim que fazemos a diferença”, afirmou.

Para a aprovação do orçamento, além dos votos a favor do Chega e da IL, era também necessário o ‘sim’ do deputado independente que deixou de o partido liderado por André Ventura poucos meses após tomar posse, Carlos Furtado tinha avançado ao Observador que iria votar favoravelmente, ao dizer que “não tinha razões” para votar contra o orçamento.