A comandante da PSP do Porto avançou esta quinta-feira querer juntar num único edifício o Gabinete de Atendimento e Informação à Vítima (GAIV) e a Divisão de Investigação Criminal, mas não ter infraestruturas para tal.

“Tenho recursos humanos e materiais para proceder a esta junção, mas não tenho infraestruturas”, vincou a superintendente Paula Peneda.

Esta vontade foi manifestada perante o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e o presidente da Câmara Municipal do Porto, o independente Rui Moreira, durante uma visita ao GAIV da PSP do Porto para assinalar o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres.

A superintendente disse que a união destes serviços iria fazer com as vítimas de violência doméstica só tivessem de se deslocar a um único local e não dois, como acontece atualmente.

Perante o repto, o ministro mostrou-se satisfeito pelo facto da PSP do Porto querer “fazer mais e melhor“, dizendo que irá avaliar a questão das infraestruturas e se a Câmara Municipal do Porto ajudar melhor.

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“Fico satisfeito que o problema não esteja nos recursos humanos, nem na sua formação”, vincou Eduardo Cabrita.

O governante acrescentou ainda entender a criação de um modelo único fazendo com que a vítima não tenha de prestar declarações duas vezes em dois locais diferentes.

Por seu lado, o independente Rui Moreira assumiu que a situação tem de ser avaliada, recordando que o Estado tem muitas instalações no Porto.

Muitas vezes, o Estado resolve alienar instalações que tem por valores de mercado e, quando fica com falta de espaço, naturalmente vem pedir à câmara”, frisou.

O GAIV foi o primeiro espaço dedicado às vítimas de violência doméstica a ser criado a nível nacional, estando a funcionar na Esquadra do Bom Pastor.

Em oito anos de funcionamento já registou 6.004 denúncias e realizou mais de 18.069 atendimentos personalizados a vítimas deste crime, adiantou esta força policial.