O ministro da Administração Interna disse esta sexta-feira que o valor em dívida às corporações de bombeiros relativo à época de incêndio é referente à última quinzena de outubro e será pago “nos primeiros dias de dezembro”.

O esclarecimento de Eduardo Cabrita surge após o PSD ter acusado o Governo de ainda não ter pagado às associações humanitárias as despesas e honorários relativos ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) deste ano.

Numa pergunta enviada ao Executivo, o Partido Social Democrata questiona o Governo e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) sobre quando pretende regularizar a dívida às corporações de bombeiros e qual o montante em causa.

“Os atrasos nos pagamentos de despesas e honorários devidos às associações humanitárias é uma situação que infelizmente tem sido recorrente nos últimos anos”, refere o PSD, considerando ser “uma situação lamentável que causa profundos constrangimentos financeiros às corporações de bombeiros que enfrentam especiais e acrescidas dificuldades de tesouraria para fazer face às suas necessidades diárias devido à situação de pandemia” de Covid-19.

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Questionado pelos jornalistas no final da inauguração do posto territorial da Guarda Nacional Republicana de Medas, no concelho de Gondomar, Eduardo Cabrita afirmou que não há qualquer atraso e esclareceu que “são pagamentos que têm a ver com um período muito específico em que houve meios extraordinários que foram prolongados até ao fim de outubro”, nomeadamente entre 15 e 30 de outubro.

“Tudo o que é anterior está naturalmente pago. Estamos a falar de um valor limitado, tem apenas a ver com esse período em que mantivemos uma estrutura mais robustecida e isso contribuiu para os bons resultados que obtivemos no mês de outubro que foi bastante quente”, precisou.

O ministro disse ainda que “esse pagamento será feito nos termos habituais nos primeiros dias de dezembro”.