Os trabalhadores da empresa Amarsul — Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, realizam uma greve de uma semana ao trabalho suplementar, a partir das 00h00 de sábado, e ao trabalho normal de cinco dias, a começar na segunda-feira.

Os trabalhadores da empresa, que presta serviços em municípios da Península de Setúbal, reivindicam o aumento geral dos salários bem como do subsídio de refeição e de transporte em vigor na empresa.

A greve foi decretada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionarias e Afins e pelo Site-Sul – Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul.

Em comunicado, os dois sindicatos explicam que os trabalhadores lutam ainda pela reversão imediata dos cortes efetuados no subsídio de turno, pela passagem ao quadro de todos os trabalhadores com vínculo precário a ocupar postos que correspondem a necessidades permanentes da empresa, pela redução do período normal de trabalho, pelo regresso ao direito ao dia de Carnaval como feriado obrigatório e pelo direito a um período mínimo de férias de 25 dias úteis.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Os trabalhadores reivindicam ainda a criação de um subsídio de insalubridade, penosidade e risco e de um subsídio de risco rodoviário.

A greve ao trabalho normal será a partir das 00h00 do dia 29 de novembro até às 24h00 do dia 3 de dezembro, abrangendo todos os trabalhadores ao serviço da Amarsul – valorização e tratamento de resíduos sólidos.

A greve ao trabalho suplementar inicia-se às 00h00 do dia 27 de novembro, prolongando-se até às 24h00 do dia 4 de dezembro.

Para os trabalhadores cujo horário de trabalho se inicie antes das 00h00 do dia 29 de novembro, o aviso prévio de greve começa a produzir efeitos a partir da hora em que tem início a jornada de trabalho.

Tendo em conta a garantia dos serviços mínimos, as estruturas sindicais propõem uma equipa de recolha seletiva, composta por um motorista e um operador, por turno, para cada um dos Ecoparques do Seixal de Palmela, à semelhança de igual decisão emitida num acórdão do Tribunal Arbitral a propósito de uma greve realizada na ResiNorte que, à semelhança da Amarsul, presta os mesmos serviços de recolha e tratamento de resíduos.

Os sindicatos propõem ainda um trabalhador com a categoria de operador de veículos especiais por cada um dos aterros existentes na empresa, por cada turno, para a realização das tarefas ligadas à deposição de resíduos em aterro.

Para a Central de Valorização Orgânica não são propostos serviços mínimos.

A Amarsul – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos S.A., constituída em 1997, tem a concessão de exploração e gestão do Sistema Multimunicipal de Tratamento e de Recolha Seletiva de resíduos urbanos da Margem Sul do Tejo, até 2034.

A empresa é responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos urbanos dos nove municípios da Península de Setúbal (Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal).

Em julho de 2015, a Amarsul passou a integrar o grupo Mota Engil por via da aquisição da Empresa Geral de Fomento (EGF), detentora de 51% do capital social da Amarsul.