Milhares de pessoas reuniram-se este domingo na capital da República Checa, Praga, para protestar contra as medidas restritivas do Governo para fazer face a um recorde de infeções de Covid-19.

Entre os manifestantes estavam membros e apoiantes de partidos e grupos políticos que não conseguiram ganhar quaisquer lugares parlamentares nas eleições de outubro.

Este foi o terceiro protesto nas últimas duas semanas. Os participantes não usaram máscaras faciais, desrespeitaram o distanciamento social e beberam cerveja, apesar da proibição de consumir álcool em público.

No Letna Park de Praga, os manifestantes cantaram “liberdade” e “já chega” enquanto exibiam faixas com inscrições que desencorajavam a vacinação, tais como “O meu corpo, a minha escolha”. A polícia não interveio.

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O país tem vindo a bater recordes repetidos de novas infeções diárias, atingindo um recorde de quase 28 mil casos na quinta-feira. A taxa de infeção foi de 1.191 novos casos por 100.000 habitantes durante os últimos sete dias.

No total, o país, de 10,7 milhões habitantes, registou mais de 2,1 milhões de casos, com 32.837 mortes relacionadas com a Covid-19. Tem taxas de vacinação mais baixas do que muitas outras nações da União Europeia.

O Governo checo declarou um estado de emergência de 30 dias e impôs restrições adicionais na sexta-feira, incluindo o encerramento dos mercados de Natal. Os bares, restaurantes, discotecas e casinos têm de fechar às 22:00.

A Covid-19 provocou pelo menos 5.193.392 mortes em todo o mundo, entre mais de 260,44 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.417 pessoas e foram contabilizados 1.142.707 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, foi recentemente detetada na África do Sul e, segundo a Organização Mundial da Saúde, o “elevado número de mutações” pode implicar uma maior infecciosidade.