786kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Polémica no PAN. Inês de Sousa Real diz que vai levar a tribunal "jornalistas e comentadeiros" por difamação

Este artigo tem mais de 2 anos

Deputada diz que polémica em torno dos seus negócios agrícolas tem como único objetivo difamá-la e ao PAN devido aos "interesses" que os ambientalistas têm atacado.

Líder do PAN, Ines de Sousa Real, reage aos resultados das eleições autárquicas de 2021, Lisboa, Portugal, 26 de setembro de 2021. JOAO RELVAS/LUSA
i

A deputada e líder do PAN vai levar a tribunal "jornalistas" e "comentadeiros"

JOÃO RELVAS/LUSA

A deputada e líder do PAN vai levar a tribunal "jornalistas" e "comentadeiros"

JOÃO RELVAS/LUSA

A líder do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) promete que vai levar a tribunal “jornalistas e comentadeiros” que usaram as redes sociais para “atirar afirmações absolutamente difamatórias” sobre a polémica em torno dos seus negócios pessoais na área da agricultura.

Numa entrevista conjunta à TSF e ao Jornal de Notícias, divulgada este domingo, Inês de Sousa Real reitera que não cometeu “nenhuma ilegalidade” nem sequer “nada que fosse contraditório aos princípios do partido“.

“Limitei-me a dar voz às nossas causas e isso incomoda muita gente e é por isso que temos visto esta tentativa de assassinato político, não só por parte destes setores, mas também por parte de alguns meios jornalísticos e eu aqui não posso deixar de dizer: a transparência não é exigida apenas aos deputados, deve ser exigida a todos os setores da sociedade”, diz a deputada, que lidera o PAN desde junho.

“Também a jornalistas ou a comentadeiros que vêm para as redes sociais atirar afirmações absolutamente difamatórias, pelas quais terão de responder em sede própria, que vai ser em tribunal“, acrescentou.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

As empresas, o tipo de agricultura e as dúvidas. Seis questões sobre os negócios da líder do PAN

A polémica eclodiu em meados de novembro, quando o jornal Nascer do Sol noticiou uma denúncia segundo a qual Inês de Sousa Real detinha participações em duas empresas de produção e comercialização de frutos vermelhos, cultivados com recurso a estufas — um modo de produção agrícola que o PAN tem atacado duramente, sobretudo relativamente às enormes explorações intensivas situadas no Alentejo litoral e cujas condições voltaram a ser notícia nos últimos meses devido à pandemia da Covid-19.

A líder do PAN tem refutado repetidamente as acusações, salientando que a sua produção é totalmente biológica e que as estufas são do tipo túnel, o que significa que permitem a convivência entre as plantas e o ecossistema envolvente.

Desde muito cedo tem-se oposto à cultura intensiva e superintensiva que nada tem que ver com o modelo de produção das empresas que detinha, e numa das quais tenho ainda quotas“, diz agora Inês de Sousa Real, argumentando que o PAN tem “afrontado” os interesses da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP).

“O PAN tem afrontado interesses ao lado dos quais a CAP optou por se sentar, como no caso das estufas da Costa Vicentina, e aqui falamos de uma franja de 40 quilómetros de ocupação, portanto não é de todo comparável com meio hectare de framboesa em túnel, ou com 1,7 hectares“, afirma a líder do PAN, lembrando que tem uma vida profissional anterior à vida política.

Estufas que pertencem à deputada e porta-voz do PAN Inês Sousa Real. Uma das empresas chama-se Red Fields, no Montijo. Montijo, 15 de novembro de 2021. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR Estufas que pertencem à deputada e porta-voz do PAN Inês Sousa Real. Uma das empresas chama-se Red Fields, no Montijo. Montijo, 15 de novembro de 2021. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Estufas de Inês de Sousa Real estão na origem da polémica

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Sobre o outro ponto da polémica — a cessão das quotas de uma das suas empresas à sogra, que por seu turno as cedeu logo depois ao filho (marido de Inês de Sousa Real), quando a líder do PAN chegou ao Parlamento —, a deputada foi mais esquiva. “Não houve aqui qualquer tipo de expediente” para contornar a lei, assegurou, lembrando que a empresa é familiar e que enquanto deputada não tinha tempo para se “dedicar às empresas”.

“Nada na legislação me obriga a ceder as quotas, não há qualquer incompatibilidade de ter quotas numa empresa e ser deputada na Assembleia da República. Foi uma decisão absolutamente voluntária. Comuniquei à Assembleia da República quer o facto de ter as quotas, quer o facto de as ter cedido“, dizendo que tudo não passa de uma “grande telenovela” para difamar o PAN e que tem origem em interesses “aos quais a CAP optou por dar voz”.

Futuro governo? PAN quer “mais responsabilidade”, mas tem “linhas vermelhas”

“O PAN já deixou claro que está disponível para formar governo e não está aqui em causa se a cor política é do PS ou do PSD”, assegurou Inês de Sousa Real na entrevista. “Nós queremos mais representação, queremos mais responsabilidade. Agora, é evidente que teremos que perceber quais as linhas vermelhas que nos distanciam do partido que venha a ter a maioria.”

Porém, a líder do PAN diz que ainda não houve quaisquer contactos com António Costa relativamente a cenários em que o partido possa viabilizar um Governo do PS.

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora