O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, defendeu esta segunda-feira que o Mediterrâneo “deve ser um ponto de união e não uma fronteira” entre os países a norte e a sul deste mar.

O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança participa em Barcelona (nordeste de Espanha) no 6.º Fórum Regional da União para o Mediterrâneo e na 3.ª Reunião Ministerial UE-Vizinhança Sul.

Na reunião também está presente, entre outros, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva.

“No Mediterrâneo, somos uma família onde há amor, mas por vezes também algumas querelas. Partilhamos uma história comum que nos une, mas que também nos separa. O Mediterrâneo separa dois mundos com muitas diferenças, mas o mar deve ser um ponto de união e não uma fronteira“, defendeu o chefe da diplomacia europeia, citado pela agência espanhola EFE.

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De acordo com a informação publicada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros português, os ministros e representantes dos diferentes países integrantes das organizações presentes nas iniciativas vão debater “os desafios comuns e desenvolvimentos recentes na região euro-mediterrânica, em áreas como a ação ambiental e climática, o desenvolvimento económico e humano sustentável e inclusivo, a inclusão e igualdade social, a transformação digital e a proteção civil”.

A União para o Mediterrâneo (UpM) é uma organização intergovernamental de 42 países da Europa e da bacia do Mediterrâneo: os 27 Estados-membros da EU e 15 países parceiros mediterrânicos do Norte de África, do Médio Oriente e do Sudeste da Europa.

A organização foi criada em 2008, com vista a reforçar a Parceria Euro-Mediterrânica (Euromed) estabelecida em 1995 e conhecida como o Processo de Barcelona.

A primeira sessão do 6.º Fórum da UpM, aberta pelo ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Manuel Albares, teve também como orador o secretário-geral da organização, Nasser Kamel, e o ministro jordano dos Negócios Estrangeiros e Expatriados, Ayman Safadi.

Safadi chamou a atenção para os conflitos que persistem na região, particularmente na Líbia, por um lado, e em Israel e na Palestina, por outro, um confronto para o qual mais uma vez defendeu a solução de dois Estados.