Éder, o herói da Seleção nacional no Euro 2016, é suspeito de fraude fiscal devido a um alegado esquema de fuga ao IRS e Segurança Social. De acordo com a revista Sábado, o Ministério Público e a Autoridade Tributária consideram que o ex-internacional português criou, juntamente com o seu empresário e o Sporting de Braga, uma forma de fugir aos impostos.

Entre os finais de 2011 e o início de 2012 terá sido criado um esquema de contratos fraudulentos que se baseava num “negócio simulado”. Na altura, Éder era jogador da Académica de Coimbra e o clube já teria uma transferência certa para o West Ham, de Inglaterra, mas o jogador assinou um acordo de quatro épocas com o Sp. Braga, no qual cedia aos arsenalistas 50% dos direitos económicos do internacional português, “supostamente adquiridos” pela Idoloásis, algo que o MP considera “não corresponder à verdade”.

Agora, no âmbito da Operação Fora de Jogo, o Ministério Público considera que houve uma simulação de venda de direitos económicos e que isso “visou o pagamento de valores que seriam exigidos pelo profissional de futebol a título de prémio de assinatura”. Desta forma, esta situação terá permitido a Éder “desonerar-se de parte das contribuições para a Segurança Social e retenções na fonte”.

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Por outro lado, também o Sporting Braga ganhou uma “maior margem financeira para negociar com o atleta, permitindo-lhe a redução da sua tributação em IRS”. E com o contrato de venda de direitos houve ainda um encaixe financeiro de 10% no momento da vende de Éder ao Swansea. Terão sido 670 mil euros que, segundo a notícia da Sábado, terão circulado para a uma sociedade sediada no Dubai, representada por Nadine Gadyt, primo de Mohamed Afzal, e registado, em Portugal, como agente de jogadores.

Apesar de a justificação ser prestação de serviços, o Ministério Público considera que a fatura apenas teve como intuito “suportar contabilisticamente” a saída do valor, para “elevar os custos fiscais declarados em sede de IRC”.

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