Os trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (RL) vão levar a cabo na quinta e na sexta-feira uma greve de 48 horas para reivindicar melhorias salariais, queixando-se da falta de resposta da administração, disse à agência Lusa fonte sindical.

Esta é a quarta paralisação, em cerca de dois meses, convocada pelo Sindicato Independente dos Trabalhadores da Rodoviária de Lisboa (SITRL) e pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).

“Infelizmente, está tudo na mesma. A administração não cede e não quer saber das nossas reivindicações”, justificou à Lusa o presidente da SITRL, João Casimiro.

O sindicalista explicou que os cerca de 600 motoristas da RL pretendem que haja um aumento do salário para os 730 euros ainda durante este ano e para os 750 em janeiro.

Em janeiro vão subir o ordenado mínimo para os 705 euros e lá terão de nos aumentar em cinco euros, para ficarmos equiparados. É uma vergonha que 90% dos motoristas ganhe o ordenado mínimo”, criticou.

Atualmente, o ordenado médio de um trabalhador da RL, é de cerca de 700 euros (brutos), enquanto o ordenado mínimo nacional é de 665 euros.

A Lusa contactou a Rodoviária de Lisboa, mas não obteve resposta, até ao momento.

Na sua página da internet, a RL publicou uma informação a dar conta que recebeu um pré-aviso de greve para os dias 2 e 3 de dezembro e a pedir desculpa “por qualquer perturbação no normal funcionamento do serviço”.

A Rodoviária de Lisboa, empresa de transporte rodoviário de passageiros, opera nos concelhos de Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira, todos no distrito de Lisboa, servindo cerca de 400 mil habitantes.

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