Começou como um rumor poucas horas depois da derrota do Boavista em Arouca já na parte final da partida, tornou-se entretanto uma confirmação com um outro clube pelo meio. Depois de receber aquilo que apelida de “proposta irrecusável”, que sem confirmar o nome o Observador sabe que é o mesmo o Al Raed da Arábia Saudita (onde jogam Éder, o ex-sportinguista Eduardo, o ex-portista Atsu e o ex-maritimista Renê Santos), João Pedro Sousa chegou a acordo com os axadrezados para deixar o Bessa, anunciando isso mesmo num comunicado onde agradece ao presidente do clube a oportunidade. O sucessor, esse, está encontrado e vai ser apresentado nas próximas horas: Petit vai regressar à casa onde foi campeão como jogador.

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“Venho por este meio comunicar que recebi, nas últimas horas, uma proposta irrecusável de um clube estrangeiro. Foi uma situação inesperada, que aconteceu muito rapidamente. Na realidade, vi-me confrontado com uma grande oportunidade para a minha carreira. Depois de uma grande ponderação, conversei com o presidente Vítor Murta, que percebeu os meus argumentos e permitiu que fosse possível chegar a um entendimento”, começou por anunciar João Pedro Sousa na despedida.

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“Agradeço ao presidente Vítor Murta pela compreensão durante todo este processo, mas também pela oportunidade que me deu em representar o Boavista, um dos maiores clubes em Portugal. Ao longo destes meses, senti sempre um grande apoio por parte de toda a estrutura do clube, em especial do presidente Vítor Murta, que tem feito um grande trabalho em prol do Boavista e que me proporcionou todas as condições para ter sucesso”, acrescentou, antes de deixar também uma palavra aos adeptos boavisteiros.

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“Quero ainda deixar um agradecimento especial e sentido a todos os jogadores pelo profissionalismo, entrega e dedicação que tiveram ao longo destes meses, acreditando sempre de uma forma incondicional na nossa proposta de treino e de jogo. Espero que compreendam esta minha decisão, principalmente os sócios e adeptos do Boavista, a quem peço que nunca deixem de apoiar esta equipa e estes jogadores, que merecem a maior sorte do mundo. Estou certo de que, todos juntos, vão conseguir atingir os objetivos do clube. Obrigado, Boavista!”, concluiu o treinador português de 50 anos, que depois de ter sido largos anos adjunto de Marco Silva passou pelo Famalicão entre 2019 e 2021 e chegou este verão ao Bessa.

Após um bom arranque de temporada, que colocou o Boavista perto dos lugares europeus, a equipa teve de seguida uma fase mais conturbada com muitas lesões à mistura, levando uma série de sete encontros sem vencer (três empates e quatro derrotas) que culminou na eliminação da Taça de Portugal frente ao Rio Ave e na atual 11.ª posição da Primeira Liga com 11 pontos (duas vitórias, cinco empates e cinco derrotas).