A taxa de desemprego em outubro não sofreu alterações face a setembro — manteve-se nos 6,4% —, mas recuou 0,2 pontos percentuais face a três meses antes e 1,2 pontos em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os dados, ainda provisórios, são revelados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que aponta, porém, para um recuo da população empregada, o primeiro desde janeiro deste ano.

De facto, apesar da manutenção da taxa de desemprego, a população empregada (de 4,822 milhões de pessoas) diminuiu 0,3% em relação a setembro. Já se compararmos com um ano antes, em outubro de 2020, assistiu-se a um aumento de 2,9%.

Se o emprego cai, por outro lado, a população desempregada (de 331,6 mil pessoas) subiu ligeiramente — 1% face ao mês anterior —, mas diminuiu 13,8% em comparação com um ano antes. Tendência semelhante teve a população inativa (2,528 milhões): subiu 0,5% face a setembro, mas recuou 2,6% em relação a outubro de 2020 fruto da redução dos inativos disponíveis para trabalhar que não procuram emprego (66,7 mil, 32,3%). A população inativa abrange as pessoas que, não tendo trabalho, estão disponíveis para trabalhar, mas não procuram emprego ativamente, ou embora procurem trabalho, não estão disponíveis para começar.

Já a taxa de subutilização de trabalho — que agrega a população desempregada, o subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego — situou-se em 11,8%, menos 0,2 pontos percentuais do que no mês anterior e 3 pontos percentuais do que um ano antes.

A taxa de desemprego dos jovem (dos 16 aos 24 anos) também não traz grandes notícias. Depois da leve redução em setembro para 22,7%, voltou a aumentar em outubro para 22,8%, de acordo com os dados provisórios do INE.

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