A SATA está a registar neste trimestre níveis de passageiros praticamente iguais aos verificados em 2019 e o presidente executivo da companhia açoriana antecipa que 2022 até poder ser um ano recorde.

Luís Rodrigues que assumiu a presidência da SATA no final de 2019, pouco antes da pandemia, diz que a empresa já tinha um problema de custos, mas sobretudo de receitas e na relação com os clientes. E exemplifica com o relatório e contas de 2019 da companhia no qual se destacava num capítulo o foco dado aos clientes e noutra página se informava que o tempo de espera para responder às reclamações dos passageiros era de 90 dias.

Numa apresentação no congresso das agências portuguesas de viagens (APAVT), que se realiza em Aveiro, o gestor explicou que a SATA aproveitou a redução da atividade da pandemia para dar a volta à operação e à relação comercial com os clientes. E isso foi feito durante a Covid-19, mas os resultados só começaram a aparecer com a retoma. Luís Rodrigues deu dois exemplos: a companhia duplicou para 40 o número de pessoas a trabalhar no apoio ao cliente, mesmo com o tráfego em baixa, e teve sempre alguém disponível para atender o telefone e oferecer serviço de charter para voos de repatriamento ou outras operações não comerciais.

Ao mesmo tempo negociava com a Comissão Europeia um plano de reestruturação e corte de custos. O gestor diz que o processo de negociação com a DG Comp está a correr muito bem e espera poder “tirar esse elefante da sala” a curto prazo, mas admite que o início não foi fácil.

“Fomos lá (em 2020 e por causa da pandemia) pedir ajuda e saímos depenados”. É uma referência à investigação aprofundada que Bruxelas abriu por causa de ajudas dadas pelas autoridades açorianas no passado e que se fossem consideradas ilegais teriam de ser devolvidas.

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