Há 260 dias, ou seja, há 37 semanas que não morriam tantos doentes Covid em Portugal em apenas 24 horas. Os números divulgados no boletim epidemiológico desta sexta-feira — que dá conta de 21 mortes e 2.535 novos casos de infeção pelo vírus da Covid-19 — batem máximos de 9 meses. Foi a 18 de março que Portugal assistiu a números semelhantes, data em morreram também 21 pessoas.
Quando aos diagnósticos positivos, é o segundo dia consecutivo em que superam os 2.500, depois de a 1 dia de Dezembro terem sido 4.670.
Os números são avançados no boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde (DGS) desta sexta-feira. Na véspera, o país registou 13 óbitos e 2.898 novos diagnósticos positivos.
Há 10 dias que os doentes em estado muito grave ou crítico são mais de 100
Nos hospitais de todo o país, há 902 pessoas internadas devido à Covid-19, menos 14 do que em relação à véspera. Destes, 128 estão em estado muito grave ou crítico e, por isso, internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) — uma subida de mais 12 camas ocupadas do que na véspera. Não se registavam números tão altos nos cuidados intensivos desde 8 de setembro (135).
Na véspera, havia 424 pacientes internados, 69 deles em cuidados intensivos.
Embora, nos internamentos totais, haja uma ligeira descida de internados em relação à véspera, é o segundo dia consecutivo acima de 900 doentes Covid hospitalizados.
Taxa de Incidência sobe, R(t) desce
A incidência (o número de novos casos nos últimos 14 dias por 100.000 habitantes) e o indicador de transmissão tiveram comportamentos opostos, segundo os dados do boletim desta sexta-feira. Assim, a incidência subiu de 349,8 casos por 100 mil habitantes a nível nacional para 374 casos, enquanto que a subida no continente foi de 351,4 para 376,5.
Já o índice de transmissibilidade, o R(t), desce e fica nos 1,13 a nível nacional e nos 1,14 no continente. Na véspera, o indicador da transmissão era de 1,15 a nível nacional e de 1,16 no continente.
Só nos Açores não morreu nenhum doente Covid. Na Madeira foram 3
Entre as 21 vítimas mortais, 13 eram homens e 8 mulheres. Entre elas, a maioria (15 no total) tinha
mais de 80 anos. Houve ainda a lamentar 3 mortes, todas mulheres, na faixa etária entre os 70-79 anos e outros 3, todos homens, entre os 60 e os 69 anos.
A nível geográfico, só as novas ilhas dos Açores não registaram qualquer óbito. Na Região Autónoma da Madeira, em contrapartida, foram contadas 3 mortes.
No Continente, foram as regiões do Centro e de Lisboa e Vale do Tejo as mais afetadas, tendo registado ambas 5 óbitos. Seguiu-se o Algarve, 4, o Norte onde se contaram 3 e o Alentejo com 1 morte.
Casos ativos estão há 16 dias acima dos 40 mil casos
O número de casos ativos (pessoas que estão com a infeção ativa ao mesmo tempo) tem mostrado uma tendência crescente nas últimas semanas, embora com altos e baixos. Esta sexta-feira, havia 56.638 casos ativos (valor menor do que o da véspera, quando se chegou aos 57.638). No entanto, há 16 dias que este indicador se mantém acima dos 40 mil casos — algo que não acontecia desde setembro. Desde o final do verão, os números têm andado pela casa dos 30 mil.
Portugal acumula 1.157.352 infetados e 18.492 óbitos desde o início da pandemia. Há, segundo a DGS, 72.030 contactos de pessoas infetadas em vigilância.