A urgência cirúrgica do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde encerra das 20:00 de hoje às 08:00 de domingo, pela segunda noite consecutiva, regressando depois ao funcionamento normal, assegurou a administração.

Em declarações à agência Lusa, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar, José Gaspar Pais, explicou que para os períodos de encerramento da urgência cirúrgica foi acautelado o encaminhado dos pacientes para o hospital de referência — o de Pedro Hispano, em Matosinhos, que está avisado, tal como o Centro de Orientação de Doentes Urgentes.

“Há desconforto para o doente, mas está acautelado o risco. Os cuidados de saúde estão garantidos também nestas duas noites num hospital aonde se chega em 10/15 minutos em período nocturno”, sublinhou a fonte, que falava à agência Lusa um dia depois de o Sindicato Independente dos Médicos ter alertado para a “falta de médicos como causa para o encerramento pontual da urgência cirúrgica da Póvoa de Varzim/Vila do Conde.

O sindicato disse mesmo que “durante o corrente mês de dezembro há um total de 15 períodos de 12 horas sem médicos na Urgência de Cirurgia daquele centro hospitalar, incluindo três dias completos sem médicos”.

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José Gaspar Pais afiançou que a escala citada pelo sindicato “é dinâmica” e está já desatualizada, ficando totalmente preenchida para os restantes dias de dezembro, com recurso a trabalho extra dos profissionais da unidade e a médicos tarefeiros.

O gestor hospitalar admitiu que o Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/Vila do Conde, “tal como outros da mesma dimensão”, enfrenta falta de médicos em agosto e no último mês do ano, alturas em que até o recrutamento de tarefeiros se torna difícil.

Mas, “salvo qualquer imponderável” de última hora, “situações como a destas duas noites não se verificarão”, disse.

O serviço de urgência médico-cirúrgica deste Centro Hospitalar abrange uma população superior a 150 mil habitantes nos municípios da Póvoa de Varzim e de Vila do Conde e algumas freguesias vizinhas de outros municípios, nomeadamente de Esposende, Barcelos e Famalicão, acrescentou o sindicato na nota.