A noite passada foi a primeira em 76 em que o vulcão Cumbre Vieja não deu sinais de vida. Em declarações à agência espanhola Efe, noticiadas pelo El Español, o Instituto Geográfico Nacional (IGN) confirmou que não houve sinais importantes da atividade vulcânica em La Palma, a ilha das Canárias, em Espanha, na noite de 3 para 4 de dezembro — algo que não acontecia desde 19 de setembro.
Buenos días desde el Valle de Aridane. Noche relativamente tranquila en Cumbre Vieja. Ha habido muy poca sismicidad y ahora mismo solo se ve un foco de emisión de piroclastos incandescentes. ¡Comenzamos una nueva jornada de vigilancia volcánica! pic.twitter.com/3PkFCt8YX8
— ????️????Rubén López ???????? (@rubenlodi) December 4, 2021
Mas a aparente acalmia do Cumbre Vieja ao longo desta noite foi sol de pouca dura. Por volta das oito de manhã, o vulcão despertou com a emissão de gases, incluindo vapor de água, e o surgimento de um rio incandescente num dos flancos — provavelmente um novo rio de lava. Não há, no entanto, sinais da emissão de piroclastos, mas a nebulosidade na parte traseira do vulcão não permite uma observação definitiva.
Durante a madrugada, Rubén López, vulcanólogo responsável pela monitorização do Cumbre Vieja, publicou no Twitter uma mensagem que descrevia a última noite como “relativamente tranquila”, com “muito pouca sismicidade” e “apenas uma fonte de emissão piroclástica incandescente” visível. Mesmo assim, à Efe, o cientista ressalvou que as autoridades continuam à cautela: “Não confiamos”.
Al amanecer se escucha desgasificación en el volcán de Cumbre Vieja. Se aprecia emisión de vapor de agua y gases así como un punto incandescente que a simple vista parece emisión de lava fluida. En la zona posterior, con la nubosidad no se ve la emisión de piroclastos pic.twitter.com/7zx99ZgGbr
— ????️????Rubén López ???????? (@rubenlodi) December 4, 2021
Logo pela manhã, o vulcão também despertou: além da emissão de gases e de novos rios de lava, vários focos de incêndio surgiram nas proximidades do Cumbre Vieja. A partir do Monte Coiote podem observar-se vários novos incêndios provocados pela passagem da lava. Rubén López explicou que esses novos focos surgiram quando o rio de lava no flanco sul começou a ter mais volume.