A noite passada foi a primeira em 76 em que o vulcão Cumbre Vieja não deu sinais de vida. Em declarações à agência espanhola Efe, noticiadas pelo El Español, o Instituto Geográfico Nacional (IGN) confirmou que não houve sinais importantes da atividade vulcânica em La Palma, a ilha das Canárias, em Espanha, na noite de 3 para 4 de dezembro — algo que não acontecia desde 19 de setembro.

Mas a aparente acalmia do Cumbre Vieja ao longo desta noite foi sol de pouca dura. Por volta das oito de manhã, o vulcão despertou com a emissão de gases, incluindo vapor de água, e o surgimento de um rio incandescente num dos flancos — provavelmente um novo rio de lava. Não há, no entanto, sinais da emissão de piroclastos, mas a nebulosidade na parte traseira do vulcão não permite uma observação definitiva.

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Durante a madrugada, Rubén López, vulcanólogo responsável pela monitorização do Cumbre Vieja, publicou no Twitter uma mensagem que descrevia a última noite como “relativamente tranquila”,  com “muito pouca sismicidade” e “apenas uma fonte de emissão piroclástica incandescente” visível. Mesmo assim, à Efe, o cientista ressalvou que as autoridades continuam à cautela: “Não confiamos”.

Logo pela manhã, o vulcão também despertou: além da emissão de gases e de novos rios de lava, vários focos de incêndio surgiram nas proximidades do Cumbre Vieja. A partir do Monte Coiote podem observar-se vários novos incêndios provocados pela passagem da lava. Rubén López explicou que esses novos focos surgiram quando o rio de lava no flanco sul começou a ter mais volume.