O presidente da Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP) espera que as exportações do setor batam este ano o máximo histórico de 2019 e prevê apostar nos mercados dos Estados e Canadá em 2022.

“Temos vindo, no ano 2021, a recuperar da queda de 12% que tivemos em 2020”, afirmou à Lusa Vítor Poças, recordando que o setor atingiu em 2019 “o máximo histórico de 2,585 mil milhões de euros”, portanto “quase a bater em cima dos 2,6 mil milhões” de euros.

Este ano, acrescentou o presidente da direção da AIMMP, os números disponíveis até setembro são positivos, ou seja, “o setor está a crescer” nas exportações 19%, em termos homólogos.

Em setembro deste ano, atingiu-se um valor de exportações de 1.913 milhões de euros.

“Significa isto que estamos apenas a 2,7 milhões de euros abaixo de setembro de 2019”, referiu.

“Acho que isto é (…) fantástico porque o ano de 2021 ainda não é um ano totalmente sadio, ainda temos (…) algumas restrições e contingências provocadas pela covid (…), mas estar apenas a 2,7 milhões de euros em setembro relativamente ao mesmo período homólogo de 2019, que foi o ano (…) recorde até ao momento. Eu penso que é uma grande notícia”, acrescentou Vítor Poças.

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Por isso, o presidente da AIMMP espera que até final do ano o setor “bata ou ainda ultrapasse os números de 2019”.

Este último trimestre, “a correr bem, vamos bater os números de 2019, o que seria para mim uma grande satisfação”, sublinhou o responsável.

Em termos de projetos de internacionalização, “vamos manter os dois” que existem, o Inter Wood & Furniture, que é um projeto conjunto, e o associativo Design the Best of Portugal” e “nós pretendíamos agora (…) atacar, da mesma maneira que fizemos no Médio Oriente, o mercado dos Estados Unidos e Canadá”, avançou.

“Tenho a convicção de que os Estados Unidos em 2022 serão seguramente um mercado de oportunidade para a fileira casa”, onde a associação pretende fazer um ‘roadshow’, referiu Vítor Poças.

Este ‘roadshow’ irá começar em Toronto, no Canadá, depois segue para Chicago, eventualmente para Washington, Nova Iorque e Boston.

“Em Boston existe uma grande comunidade portuguesa”, pelo que “há aí um mercado que nos interessa atacar”, rematou.