Francisco Vale César, escolhido no sábado como cabeça de lista do PS nos Açores às eleições legislativas, antecipou-se este domingo a eventuais ataques ou acusações de favorecimento político por ser filho de Carlos César, presidente do PS. Numa publicação divulgada esta tarde na sua página do Facebook, o ex-líder da bancada parlamentar do PS na Assembleia Legislativa dos Açores disse conhecer “para o bem e para o mal o julgamento familiar” a que está sujeito.

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Francisco César rejeita assim que os laços de sangue entre os dois se traduzam em favoritismos: “Tenho muita honra em ser filho de quem sou e do que o meu pai fez pelos Açores. Espero ter aprendido com ele muita coisa. Ele fez o seu percurso e eu estou a fazer o meu. Quero, por isso, que as pessoas me julguem pelo meu trabalho e não pelo meu parentesco”.

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Vários membros da família de Carlos César ocupam ou já ocuparam cargos no Partido Socialista ou em órgãos públicos — entre os quais não só o filho, Francisco, como a companheira deste (Rafaela Seabra Teixeira), a mulher, Luísa; e a sobrinha, Inês.

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O ex-líder da bancada socialista nos Açores defende-se na publicação: “Todos os cargos que na política ou na minha vida cívica já desempenhei foram por eleição e não por nomeação”. Mas não foi o caso de Luísa César, por exemplo, que foi nomeada pelo Governo regional para o cargo de coordenadora da estrutura de missão para a criação da “Casa da Autonomia” — uma função que assumiu entre junho de 2014 e o fim de 2016.