As empresas de telecomunicações Telefónica, Vodafone e Orange cortaram 4.000 postos de trabalho em Espanha em seis meses para fazer frente à concorrência num setor que, segundo os sindicatos do país, perdeu 23 mil empregos na última década.

A Telefónica foi a última das três grandes empresas telecomunicações de Espanha a propor reajustes de pessoal, com um Plano de Suspensão Individual (PSI) de emprego para maiores de 54 anos, em fase de negociação e ao qual podem aderir até 2.753 pessoas.

Estes ajustes somam-se às 400 rescisões voluntárias da Orange em Espanha, acordadas há meio ano, e às 409 saídas da Vodafone da Espanha, acordadas neste outono, segundo dados fornecidos pelas empresas de telecomunicações e por sindicatos espanhóis à agência de notícias Efe.

Desde 2011, as três empresas de telecomunicações implementaram planos de redução de postos de trabalho que abrangeram cerca de 20.000 pessoas, segundo a Efe.

A Telefónica, com cerca de 13.700 funcionários envolvidos (16.453 se incluídos os que estão em negociação) foi a que mais aplicou medidas de regulação do emprego desde 2011, quando avançou com um despedimento coletivo (o designado ERE – Expediente de Regulação de Emprego) para cerca de 5.000 pessoas.

Além disso, a principal operadora da Espanha lançou outros dois planos individuais de supressão de contratos, um em 2016 e outro em 2019 para cerca de 8.700 pessoas.

Já a Vodafone Espanha, nem sempre com acordo, levantou quatro ERE nesta década, incluindo o último para 400 pessoas, afetando no total cerca de 3.000 colaboradores. A Orange aplicou dois processos, um em 2016 para 467 pessoas e outro este ano.

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