O comércio e a restauração preveem quebras de faturação entre os 10% e os 15% até ao final do ano nos concelhos de Torres Vedras, Lourinhã, Cadaval e Sobral de Monte Agraço, devido aos efeitos causados da pandemia de Covid-19.

O presidente da Associação Comercial e Industrial da Região Oeste (ACIRO), João Esteveira, disse esta terça-feira à agência Lusa que as empresas estão, em geral, à espera de ter quebras de faturação de 10% até ao final do ano, sendo as mais significativas, entre os 10% e os 15%, nos setores do comércio e da restauração.

Não será um Natal normal, porque em agosto havia expectativas que foram goradas, com as restrições que foram anunciadas, como o uso obrigatório de máscara e de apresentação de certificado de vacinação, agravados com o facto de os testes gratuitos estarem esgotados”, justificou o responsável.

Para o presidente da ACIRO, “a pandemia vem agravar todos os problemas que já existiam” com o comércio de rua.

“A incerteza retira confiança e a falta de confiança afeta o consumo”, disse, por um lado, acrescentando, por outro, que as restrições anunciadas há uma semana pelo Governo para combater a pandemia criam o “receio de conviver” entre os cidadãos.

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Segundo a ACIRO, os setores da hotelaria e restauração sentem também problemas relativos à falta de mão-de-obra, decorrente dos meses em que os estabelecimentos estiveram encerrados nos períodos de confinamento em 2020 e 2021.

A associação existe há 102 anos e possui 1.200 associados nos concelhos da Torres Vedras, Lourinhã, Cadaval e Sobral de Monte Agraço, no distrito de Lisboa.

Portugal continental entrou às 00h00 de 1 de dezembro em situação de calamidade devido ao aumento do número de casos de Covid-19, nível que se vai manter até 20 de março de 2022.

Portugal continental ficou assim em situação de calamidade pela segunda vez este ano, depois de ter estado neste nível mais elevado de resposta a situações de catástrofe, previsto na Lei de Base da Proteção Civil, entre 1 de maio e 30 de setembro.

Entre as novas regras está o regresso da obrigatoriedade do uso de máscara em todos os espaços fechados, voltando também a ser obrigatório o certificado digital Covid-19 no acesso a restaurantes, estabelecimentos turísticos e alojamento local, ginásios e eventos com lugares marcados.