O Benfica encara o desafio da Liga dos Campeões de futebol feminino frente ao Lyon, quinta-feira, como uma oportunidade de aprendizagem, disse esta quarta-feira o treinador-adjunto, apesar de ainda ter hipóteses de seguir em frente na competição.
Antevendo a partida frente às francesas, André Vale reconheceu “o favoritismo total ao Lyon”, uma equipa que disse estar “no top-3 das melhores do mundo”, mas frisou que o Benfica vai continuar com uma “perspetiva de crescimento de toda a gente”, aproveitando a “primeira vez que joga a este nível”.
As águias seguem em terceiro lugar no Grupo D, a três pontos do Bayern Munique, que visita o Hacken, e, em caso de “deslize” das alemãs, um empate frente ao Lyon deixaria o Benfica em condições de discutir o apuramento na última jornada, em Munique, mas o técnico assistente de Filipa Patão prefere manter o foco naquilo que a sua equipa pode evoluir frente ao Lyon.
“O planeamento não foi feito em função do que nos pode dar mais ou menos jeito, até porque estaremos completamente dependentes do que se passe no outro jogo. Está planeado em função do que é que as nossas jogadoras podem crescer nestes palcos e aproveitar para crescer frente a uma equipa desta dimensão”, insistiu André Vale.
Por outro lado, um empate no Seixal até serve às francesas, que precisam de apenas um ponto para carimbar a passagem aos oitavos de final da Champions feminina, mas na Tapadinha, quartel-general das encarnadas, ninguém acredita em facilitismos.
“O Lyon vem para vencer, tentar fazer o ponto de que precisa aqui na nossa casa, frente a uma equipa teoricamente mais acessível, frente à qual obtiveram a vitória mais dilatada [5-0]. Acredito que vêm com tudo para tentar resolver o mais rápido possível e depois, sim, eventualmente descansar algumas jogadoras, não o contrário”, comentou André Vale.
E entre as jogadoras, a partida é também encarada como uma oportunidade de crescimento, assumiu Kika Nazareth, uma vez que, “sem desvalorizar o campeonato português, há uma grande diferença para a Champions”. “O Lyon está noutro patamar. É uma das potências do futebol feminino e claro que o jogo acaba por ser mais difícil. Quando jogamos contra elas percebemos que temos de pensar mais à frente e executar as coisas mais rápido”, analisou a jovem avançada, de 19 anos.
Por isso, para superar este obstáculo, o Benfica terá de estar no seu “melhor” e “entrar sem qualquer pressão”, a jogar “contra a melhor equipa do mundo como se estivesse no parque atrás de casa”, atirou a jogadora. “É claro que seguindo as instruções dos treinadores, bem organizado, mas com a máxima tranquilidade e predispostas a fazer o que sabemos fazer, porque sabemos fazer”, apontou Kika Nazareth.
O Benfica recebe o Lyon na quinta-feira, às 20h, em encontro da quinta jornada do Grupo D da Liga dos Campeões de futebol feminino que terá lugar no Benfica Futebol Campus, no Seixal. A equipa orientada por Filipa Patão segue em terceiro lugar, a três pontos do Bayern Munique, que visita na última jornada da fase de grupos, na próxima quarta-feira.