A cidade de Setúbal dispõe a partir desta sexta-feira de uma estação meteorológica para monitorização das alterações climáticas e dos impactes nas comunidades locais, anunciou a autarquia sadina.

O equipamento foi instalado na cobertura do Edifício Ciprestes, onde funcionam vários serviços da Câmara Municipal de Setúbal, no âmbito de um projeto ambiental Clima.AML – Rede de Monitorização e de Alerta Meteorológico Metropolitano, liderado pela Área Metropolitana de Lisboa (AML), que pretende reduzir a vulnerabilidade da região às alterações climáticas.

De acordo com uma nota de imprensa da Câmara de Setúbal, “a estação meteorológica permite a recolha, em tempo real, de medições precisas relacionadas com diferentes fatores climáticos, nomeadamente temperatura, precipitação, humidade, pressão atmosférica, direção e intensidade do vento e radiações solares e ultravioleta”.

“Os dados recolhidos por este equipamento, um dos 18 a instalar na rede de municípios da AML e que funcionam em complementaridade com a rede do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), são partilhados numa plataforma online integrada de acesso livre, a criar igualmente no âmbito deste projeto”, refere a Câmara de Setúbal.

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Esta nova rede de estações meteorológicas, que procura conhecer e analisar padrões associados às alterações climáticas em contexto urbano na região e os respetivos impactos nas comunidades, com o objetivo de reduzir vulnerabilidades, é enquadrada no Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas”, acrescenta.

A Câmara de Setúbal adianta ainda que, além da instalação das estações meteorológicas nos municípios da AML e da criação de uma plataforma digital com os dados monitorizados, o projeto ambiental Clima.AML prevê também a colocação de “nove microssensores para recolha de informação para o estudo do fenómeno de ilhas de calor urbano”.

Segundo a Câmara de Setúbal, o projeto lançado no início deste ano, e com ações programadas até ao primeiro semestre de 2023, prevê ainda a elaboração de estudos sobre a ocorrência de fenómenos meteorológicos amplificáveis em contexto de alterações climáticas, ações de formação sobre monitorização climática, adaptação às alterações climáticas e planeamento urbano, bem como a criação de metodologias para o processo de monitorização de indicadores climáticos.