Quatro listas, com 252 candidatos no total, concorrem às eleições para os órgãos associativos da Associação Mutualista Montepio Geral que decorrem de segunda-feira até dia 17.

Estas eleições vão eleger os membros do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, da Mesa da Assembleia-Geral e da Assembleia de Representantes, para o mandato 2022-2025, da Associação Mutualista Montepio Geral.

A mutualista Montepio tem 600 mil associados e é o topo do grupo Montepio, sendo a sua principal empresa o Banco Montepio. Podem votar nestas eleições cerca de 500 mil associados.

Depois de Tomás Correia ter sido presidente do Conselho de Administração da mutualista durante 11 anos (entre 2008 e 2019) a sua saída ocorreu no final de 2019, envolto em polémica e face a investigações a atos de gestão seus pelos supervisores.

A sucessão foi assegurada por Virgílio Lima, que era então administrador, pelo que nestas eleições se apresenta pela primeira vez aos associados como candidato a presidente (pela lista A, ‘Mutualismo em Ação’).

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Acompanham Virgílio Lima na lista A, como candidatos a administradores, Idália Serrão (atualmente administradora executiva), João Carvalho das Neves, Rui Heitor, Fernando Amaro, Alípio Dias e Luís Patrão.

A candidata a presidente da Mesa da Assembleia Geral é Maria de Belém Roseira (ex-ministra da Saúde do governo socialista de António Guterres) e o candidato a presidente do Conselho Fiscal é Victor Seabra Franco. A lista A à Assembleia de Representantes é encabeçada por Vítor Melícias (padre, atual presidente da Mesa da Assembleia Geral), seguindo-se Edmundo Martinho (presidente da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa).

A Assembleia de Representantes é o novo órgão da mutualista, ao abrigo dos novos estatutos, onde serão debatidos e votados documentos fundamentais como orçamento e plano de atividades.

Este órgão conta com 30 membros eleitos por método de Hondt, sendo previsível que a sua composição fique repartida entre membros das várias listas concorrentes. Assim, de futuro, é provável que membros eleitos por diferentes listas tenham de se entender para aprovar documentos fundamentais para a gestão do grupo.

A lista B (‘Reconstruir o Montepio’) tem como candidato a presidente Pedro Corte Real (professor do departamento de Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa) e como candidatos a vogais Ana Nogueira, Miguel Coelho (quadro do Montepio e ex-administrador da mutualista), Marcelo Gama, Nuno Rolo, Maria de Nazaré Barroso e Mário Valadas.

O candidato a presidente da Mesa da Assembleia Geral é Fernando Carvalho e o candidato a presidente do Conselho Fiscal é Rui Neves. Para a Assembleia de Representantes a lista B é liderada por João Costa Pinto (foi vice-governador do Banco de Portugal e presidente da Caixa de Crédito Agrícola).

Pela lista C (‘Mutualismo, Agora Sim’) concorre a presidente da mutualista Eugénio Rosa (economista), acompanhando-o Tiago Mota Saraiva, Joaquim Dionísio, António Couto Lopes, Catarina Homem, Adelino Cardoso e Luís de Matos Costa.

Manuel Carvalho da Silva (ex-secretário-geral da CGTP) é candidato a presidente da Mesa da Assembleia Geral e António Zózimo é candidato a presidente do Conselho Fiscal. Para a Assembleia de Representantes a lista C é liderada por Ana Drago (ex-deputada pelo Bloco de Esquerda).

Por fim, pela lista D (‘Valorizar o Montepio’) concorre a presidente da mutualista Pedro Alves (presidente executivo do Montepio Crédito e administrador não executivo do Banco Montepio). Pedro Líbano Monteiro, Paula Guimarães, Nuno Paramés, Maria Eduarda Osório, Fernanda Freitas e José Garção Cabeças são candidatos a administradores.

O candidato a presidente da Mesa da Assembleia Geral é Luís Monteiro e o candidato a presidente do Conselho Fiscal é Paulo Gil André. Para a Assembleia de Representantes a lista D é liderada por Conceição Zagalo, integrando ainda Diogo Lacerda Machado (advogado que negociou, em nome do primeiro-ministro atual, António Costa, os dossiers da TAP e dos lesados do BES) e Maria das Dores Meira (ex-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, PCP).

Este ano, na votação, a novidade é que os associados podem fazer o voto eletrónico, que se junta assim aos votos presencial (cujos sítios onde se pode votar também são alargados) e por correspondência.

Os associados podem votar de forma eletrónica no MyMontepio ou através do Montepio.org (neste último caso precisam de obter as credenciais para votar numa máquina Chave24, que existe nos balcões Montepio).

Por voto por correspondência têm que ter pedido a documentação e o voto tem de chegar até dia 17.

Para votação presencial, este ano pode ser feita em todo o território de Portugal.

Os associados podem votar presencialmente em Lisboa e no Porto de 13 a 17 de dezembro. Em Lisboa, nos espaços Atmosfera m, na rua Castilho, na sede da mutualista, na rua do Ouro e na rua do Carmo. No Porto, no Atmosfera m, na rua de Júlio Dinis.

Os associados podem ainda votar, nos dias 16 e 17 de dezembro, em Almada, Angra do Heroísmo, Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Cascais, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Gondomar, Guarda, Guimarães, Leiria, Loures, Madalena do Pico, Matosinhos, Oeiras, Ponta Delgada, Portalegre, Santarém, Setúbal, Sintra, Viana do Castelo, Vila Franca de Xira, Vila Nova de Gaia, Vila Real, Viseu.

Mais informações sobre a votação e locais de votos estão disponíveis na página na Internet da Associação Mutualista Montepio Geral.