Foi um caso que chocou Cabo Verde e que continua envolto em polémica. Uma jovem de 13 anos foi encontrada morta esta sexta-feira na ilha do Sal, ainda por motivos desconhecidos, estando a circular informações que terá sido violada antes de supostamente ser assassinada. Esta sexta-feira, o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, garantiu que a justiça será feita à morte “trágica” de uma adolescente na ilha do Sal, em circunstâncias ainda por apurar.

“O Governo tudo fará para que a justiça seja feita, assim como está neste momento a prestar toda a solidariedade e apoio à família da pequena Eliane, vítima de um crime bárbaro”, escreveu o chefe do Governo, ao final da tarde na sua página no Facebook.

Estamos todos solidários e tristes com o desfecho trágico deste caso. Ninguém pode ficar indiferente a crimes desta natureza que serão duramente punidos. As autoridades estão a atuar neste sentido”, prosseguiu.

O chefe do Governo adiantou ainda que conversou por telefone com a família da jovem, a quem transmitiu “um pouco de conforto neste momento difícil”.

A imprensa cabo-verdiana escreveu esta sexta-feira que a jovem desapareceu na quinta-feira no caminho entre a escola e a sua residência, tendo sido dada como desaparecida durante a tarde do mesmo dia, e o corpo foi encontrado esta sexta-feira de manhã por um popular na zona de Monte Leão.

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O ministro da Educação de Cabo Verde, Amadeu Cruz, mostrou-se “chocado” com a morte da aluna e deslocou-se à ilha do Sal prestar solidariedade do Governo e pessoal à família e à comunidade educativa do Sal.

“Este é um momento chocante, que me deixa sem reação racional”, escreveu o ministro, descrevendo a notícia como “indescritível”.

“Estou ainda sem palavras, para descrever o meu estado de alma”, deu conta o governante.

Em comunicado, o Ministério da Educação informou que as autoridades competentes estão a investigar as circunstâncias e os contornos deste “trágico acontecimento” que abalou o país.

O caso chegou esta sexta-feira ao parlamento cabo-verdiano, com o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, a considerar o sucedido de “inqualificável” e o deputado do Movimento para a Democracia (MpD, no poder) João Gomes a confortar a família.