Tradicionalmente, os duelos nas pistas de drag race destinam-se a determinar qual o modelo mais rápido a acelerar de 0 a 60 mph (cerca de 96 km/h) ou de 0 a ¼ de milha (402 metros), mas o confronto está limitado a concorrentes directos, modelos com a mesma filosofia. Pois, desta vez, os rivais não podiam ser mais diferentes. De um lado está um carro estritamente de competição, sem mordomias ou elementos de conforto que não tenham que ver com o incremento da potência ou eficiência, enquanto do outro lado surge um veículo rigorosamente de série, com pneus homologados para circular em estrada e assentos para cinco adultos, tapetes e todas as mordomias de um automóvel moderno e luxuoso, dotado de sistema de navegação, ar condicionado, som hi-fi e até condução semiautónoma.

O Hoonicorn foi concebido sob a carroçaria de um Mustang de 1965, mas equipado com um sistema de tracção integral e um motor V8 com 6,7 litros soprado por um par de turbocompressores tão grandes que não cabem sob o capot do Ford, sendo visíveis de forma bastante generosa. O V8 fornece uns impressionantes 1400 hp (cerca de 1419 cv), fruto de ser alimentado com metanol e não gasolina.

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Habitualmente, o piloto de serviço ao Hoonicorn é Ken Block, o reputado malabarista especialista em drift, acrobacias e derrapagens prolongadas, que já provou o seu valor no WRC. Mas desta vez foi a sua filha, Lia Block, com apenas 14 anos, que assumiu as “rédeas” do monstro, ele que prova que, na família, quem sai aos seus não degenera.

Para enfrentar o Hoonicorn está um dos novos Model S Plaid com 1020 cv, de série e conduzido pelo seu proprietário, cuja experiência em competição é ainda inferior à da jovem Lia. Teoricamente, o Plaid dificilmente estará à altura do Hoonicorn, não só por lhe faltarem cerca de 400 cv, mas sobretudo por pesar mais aproximadamente 900 kg, com o Tesla a reivindicar quase 2,5 toneladas. Mas o melhor é ver o vídeo para perceber como tudo aconteceu:

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