Stella Morris, companheira e mãe do filho de Julian Assange, revelou que o fundador da WikiLeaks teve um pequeno AVC durante a batalha legal para evitar a extradição do Reino Unido para os Estados Unidos.

“Julian Assange sofreu um AVC no primeiro dia da audiência de recurso do Supremo Tribunal no dia 27 de outubro”, escreveu Morris no Twitter, sem dar informações sobre o atual estado de saúde de Assange.

O jornal Sydney Morning Herald descreveu o aspeto de Assange nessa audiência judicial de 27 de outubro como pouco cuidado: cabelo desalinhado, camisa desfraldada e calças largas.

Numa entrevista com o jornal britânico Mail on Sunday, Morris disse recear que este pequeno AVC “possa ser percursor de um ataque maior”.

“Vem aumentar os nossos receios sobre a sua capacidade de sobrevivência, à medida que esta longa batalha legal se arrasta”, acrescentou.

“Isto tem urgentemente de ser resolvido. Vejam os animais presos em jaulas no jardim zoológico. Encurta-lhes a vida. Isso é o que está a acontecer ao Julian. Os casos judiciais sem fim são extremamente stressantes em termos mentais”, afirmou.

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Os Estados Unidos querem julgar Assange pela publicação de milhares de documentos secretos militares, relacionados com as guerras do Iraque e Afeganistão, em 2010.

A justiça americana acusou Assange de 17 crimes de espionagem. A pena pode chegar a um máximo de 175 anos de prisão.

Os advogados de Julian Assange dizem que vão recorrer na extradição junto do Supremo Tribunal.

Assange é uma figura que divide opiniões: para os seus críticos é um traidor que publicou, na página da WikiLeaks, milhares de documentos militares e diplomáticos; os seus apoiantes consideram que a prisão de Assange constitui uma afronta à liberdade de imprensa.

É este também o argumento Stella Morris, que defende que o processo contra o noivo põe em causa os conceitos “fundamentais da liberdade de imprensa e da democracia”.

“É uma perseguição abusiva e vingativa”, afirmou, citada pela Fox News.