A Câmara Municipal do Porto anunciou esta segunda-feira que apenas 0,24% dos resíduos do município foram para aterro, ficando muito abaixo do limite 10%, ao perseguir uma “política de aterro zero”, que contribuiu para os resultados positivos da Lipor.

Segundo realça a autarquia em comunicado enviado esta segunda-feira, “embora a meta para deposição em aterro seja de 10%, o município do Porto assenta a sua estratégia numa política de aterro zero, em linha com as orientações estratégicas europeias”.

“As boas práticas da Porto Ambiente contribuíram para que a Lipor fosse um dos dois únicos sistemas de gestão de resíduos urbanos a cumprir as metas nacionais estabelecidas no Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos para 2020” e que estipula um limite de 10% de resíduos para deposição em aterro, destaca a nota.

A Lipor é uma empresa intermunicipal que gere, valoriza e trata resíduos urbanos produzidos dos municípios de Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde.

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Quanto à reciclagem, o Porto atingiu, em 2020, uma taxa de 37%, ultrapassando o objetivo estabelecido de 31%.

Também a produção de resíduos seletivos ultrapassou as metas previstas de 61 quilos por habitante, atingindo, no ano passado, 65 quilos por habitante.

“Estes números estão em linha com o crescimento na ordem dos 50% verificado entre 2016 e 2019, o que atesta o sucesso das medidas implantadas pela empresa, e que mereceu recentemente o reconhecimento do setor com a atribuição do prémio de excelência pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), destacando-se como a melhor entidade gestora de resíduos urbanos em 2020”, nota a autarquia.

A Câmara refere ainda que “o Porto continua, desta forma, a dar passos firmes rumo a uma cidade mais sustentável, mais circular e proativa no combate às alterações climáticas, tornando-se, cada vez mais, uma referência a nível europeu”.