O ministro das Finanças acredita que Portugal pode não só cumprir a meta do défice de 4,3% este ano (que constava na proposta de Orçamento do Estado para 2022) como ficar “ligeiramente abaixo”, tendo em conta a “informação mais recente” do Governo, “que já é bastante robusta”.

Em entrevista à Reuters, João Leão indicou que o Executivo tem um “grau elevado de segurança” no cumprimento da meta, que, “no limite, poderá ficar num valor ligeiramente abaixo”, devido ao crescimento da receita pública e da evolução do mercado de trabalho. No ano passado, o défice cresceu para 5,8% devido à pandemia e aos apoio às famílias e às empresas.

Já quanto ao crescimento da economia, e mesmo com a desaceleração do ritmo de crescimento no terceiro trimestre deste ano, Leão mantém confiança no cumprimento da meta de 4,8%, depois da contração de 8,4% em 2020. “Os indicadores que temos, neste momento, é que Portugal está numa fase de franca recuperação”, acredita.

Leão não é tão perentório quando a pergunta é sobre a meta de 126,9% do rácio da dívida e refere que “tudo aponta” para que o valor final fique “nessa ordem de grandeza”. “Portugal recomeça este ano de 2021 já numa trajetória de clara redução da dívida pública. Isto é muito importante para dar confiança e credibilidade ao país, e para o seu financiamento”, defendeu.

Sobre o plano de reestruturação da TAP, de 3.200 milhões, João Leão diz que o processo está numa fase final e espera a aprovação “para a semana”. “E contamos que ainda este ano possamos concretizar a fase seguinte do processo de recapitalização. Estamos confiantes, esperamos que possa ser aprovado antes do Natal.”

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