Tal como os utilizadores de veículos exigem modelos para vez mais seguros, também o EuroNCAP está cada vez mais exigente em relação à inclusão de sistemas e dispositivos que permitam que os carros novos protejam de forma mais eficaz quem vai lá dentro, em caso de embate, e até os peões durante um atropelamento.
O Renault Zoe já foi distinguido com 5 estrelas (a pontuação máxima) por este mesmo organismo, em 2013, mas desde então o regulamento tornou-se mais exigente. Daí que, oito anos depois, o pequeno eléctrico francês tenha perdido todas as estrelas, ao não adoptar os mais recentes sistemas de segurança e de ajuda à condução. Mais grave do que isso, o Zoe foi ultrapassado pelo também pequeno e substancialmente mais acessível Dacia Spring, um eléctrico do mesmo grupo liderado pela Renault, mas com um preço 50% inferior.
Reconhecendo a dificuldade em convencer clientes a adquirir um Zoe depois do vexame das zero estrelas em segurança, a Renault apressou-se a anunciar à imprensa alemã que vai reforçar o equipamento do modelo. A área escolhida para este incremento foi precisamente a das ajudas à condução, sector onde anteriormente o desejo de reduzir os custos de produção motivou um excesso de cortes, decisão que agora é revertida.
A partir de Março de 2022, o Zoe passará a incluir de série o assistente de travagem de emergência, com detecção de veículos e peões, desconhecendo-se se será este o único reforço. Resta saber quantas estrelas o modelo francês vai ganhar com a inclusão deste novo sistema, bem como perceber se a Renault irá absorver a totalidade dos custos, ou se irá reflectir uma parte ou a totalidade no preço de venda ao público do veículo.
