A guerra na Síria provocou 3.746 mortes em 2021, uma queda significativa em relação ao ano anterior e o número mais baixo desde o início do conflito, em 2011, divulgou esta quarta-feira o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Entre as vítimas mortais registadas este ano constam 1.505 civis, incluindo 306 crianças, de acordo com os dados recolhidos pelo OSDH.

Este número de vítimas mortais é o mais baixo desde o início do conflito sírio, que entrou no seu 11.º ano, e vem confirmar uma tendência de decréscimo.

Em 2020, foram contabilizadas 6.800 mortes, menos do que as 10 mil vítimas mortais verificadas em 2019.

Segundo o OSDH, uma organização não-governamental (ONG) com sede no Reino Unido que possui uma vasta rede de informações em toda a Síria, as minas e outros engenhos explosivos foram a causa de 297 mortos.

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A Síria ultrapassou o Afeganistão como o país com o maior número de vítimas associadas à detonação de minas terrestres e de outros explosivos remanescentes de guerra, informou, em novembro, o Observatório de Minas, que agrega várias ONG.

A intensidade dos combates — que começaram em 2011 após a repressão brutal do regime do Presidente, Bashar al-Assad, aos protestos antigovernamentais — diminuiu nos últimos dois anos.

Embora as forças do Governo apoiadas pela Rússia (aliado tradicional de Damasco) ainda tenham como alvo pontual o bastião rebelde de Idlib, no noroeste do país, um acordo de cessar-fogo está a ser respeitado em termos gerais.

Os combatentes do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), ainda presentes no território sírio, também realizaram operações de guerrilha no leste do país.

Desencadeado em março de 2011, o conflito civil na Síria já provocou mais de 494 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados, segundo os dados mais recentes publicados pelo OSDH.

Ao longo dos anos, o conflito ganhou uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos jihadistas, e várias frentes de combate.