Os resultados financeiros ainda não estão fechados, mas isso não impediu o conselho de administração da Daimler e da Mercedes, juntamente com o Conselho de Trabalhadores, de definirem como vão recompensar os seus funcionários pelo esforço acrescido que representou o ano de 2021. Apesar da crise dos chips, apesar do teletrabalho, apesar da pandemia, o construtor de Estugarda entendeu por bem premiar os seus trabalhadores, distribuindo um bónus de participação nos lucros com um valor recorde: até 6000€.

Este será o prémio máximo que os trabalhadores vão receber em Fevereiro próximo, juntamente com a remuneração mensal, sendo que 100 mil funcionários vão ser agraciados com a bonificação. Segundo a marca, a decisão visa apenas os trabalhadores alemães (pelo menos, para já) e destina-se a reconhecer “o desempenho e a flexibilidade da força de trabalho” ao longo de um 2021 atípico.

Como o ano passado não foi fácil, estou muito satisfeita por podermos pagar aos nossos funcionários um bónus recorde de participação nos lucros”, declarou a responsável da Mercedes pelos Recursos Humanos e Relações com os Trabalhadores, Sabine Kohleisen.

Já o presidente do Conselho de Trabalhadores, Ergun Lümali, considera que o prémio monetário “extraordinariamente elevado” é “mais do que justo para recompensar sua dedicação incansável” e a “mensagem certa” a enviar aos trabalhadores.

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Aprovado pelos accionistas: Daimler coloca camiões de um lado e carros do outro

De recordar que, este ano, a Daimler optou por “separar-se” da Mercedes, decisão essencialmente financeira e que entrará em vigor, em termos organizacionais, a partir de Fevereiro de 2022. A divisão com camiões para um lado (Daimler AG) e carros para o outro (Mercedes AG) visa reunir mais rapidamente o capital necessário para implementar os planos de electrificação do construtor de Estugarda, cujo portefólio de veículos a bateria já conta com alternativas em diversos segmentos, ainda que na maioria dos casos com plataformas adaptadas e não projectadas de raiz para acomodar acumuladores e motores eléctricos. O EQS alegadamente marca o redireccionamento da estratégia para as arquitecturas dedicadas, algo que obriga a fortes investimentos – inclusivamente nas linhas de produção – mas que é visto pela generalidade da indústria como um imperativo para alcançar uma maior eficiência energética.