Moscovo aproveitou a época natalícia, recheada de luzes e de cor, para celebrar a entrada do 900º autocarro 100% eléctrico ao serviço dos transportes públicos colectivos locais. É um investimento considerável que quase duplicou nos últimos 12 meses.

São muitas as cidades no planeta que continuamente trocam os veículos de transporte público colectivo com motores a gasóleo por outros não poluentes, com a solução mais popular a serem os autocarros eléctricos, sejam alimentados pela energia armazenada na bateria, ou produzida a bordo por células de combustível a hidrogénio. O objectivo, mais do que reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2), é cortar drasticamente com as emissões poluentes que prejudicam gravemente a saúde dos que são forçados a respirá-las. Referimo-nos sobretudo às partículas de fumo negro e aos óxidos de azoto (NOx).

São conhecidos os esforços das maiores cidades chinesas para limitar a poluição atmosférica, em locais onde até era difícil distinguir os carros que seguiam ao lado no trânsito. É nelas que a percentagem de autocarros eléctricos é maior (bem como a de veículos ligeiros), apoiada pela indústria automóvel local, que fabrica este tipo de veículos em grandes quantidades e preços contidos.

A novidade é a dimensão do investimento realizado pela capital russa, que estreou em vésperas do Natal o veículo pesado eléctrico destinado ao transporte dos moscovitas com o nº 900. A aposta nesta solução para incrementar a qualidade do ar em Moscovo arrancou em Novembro de 2020, quando entraram ao serviço dos transportes públicos locais os primeiros 500 autocarros. Agora, antes do final do ano, começaram a operar mais 400 veículos, o que deixa a capital russa não muito longe dos 1000 autocarros eléctricos que estavam previstos.

Os autocarros eléctricos são produzidos localmente, pela Kamaz, que usa baterias de titanato de lítio (LTO). A Mosgortrans é empresa responsável pela exploração dos veículos eléctricos, que servem 66 rotas com um total de 800 km e que, só em 2021, transportaram cerca de 77 milhões de passageiros. Para alimentar a frota, Moscovo instalou já 150 estações de carga rápida, prevendo que este número vá aumentar até atingir 500 estações em 2023.

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