Herbert Berger, um chef com três estrelas Michelin, está a ser acusado de discriminação religiosa por um funcionário a quem pediu para tirar uma pulseira associada ao siquismo. Citado pelo Telegraph, Niranjit Moorah Singh, o trabalhador que fez queixa de Berger, explicou que a pulseira em causa é comparável a um terço ou a um hijab.

“Em 20 anos a viver e a trabalhar em Londres nenhum patrão pediu que removesse a minha pulseira”, contou Niranjit Moorah Singh, realçando ainda que a pulseira, normalmente chamada “kara” pelas pessoas da religião, tem ainda mais significado por ter sido oferecida, há 35 anos, pelo avô.

O caso vai agora ser avaliado num tribunal do trabalho, depois de o chef ter feito o pedido para que a pulseira não ficasse “presa” numa “concha”. “Todos os dias que o Herbert me via a usar a pulseira Sikh, pedia-me para a remover. (…) Chamava-lhe pulseira e nunca me perguntou o que era aquilo que eu usava”, escreveu no testemunho.

O queixoso considera que a atitude é discriminatória e “contra a lei” e aguarda a decisão do tribunal, sendo que Herbert Berger falhou uma audiência preliminar em julho, com a defesa a dizer que as acusações são “escandalosas”.

O julgamento ficou adiado, não havendo ainda uma data definida.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR