Moçambique figura na lista de oito países da África Austral cujas limitações de viagens para os Estados Unidos da América (EUA), devido à variante Ómicron da Covid-19, foram esta terça-feira anuladas pelo Presidente norte-americano, Joe Biden.

O anúncio da anulação, que entra em vigor na sexta-feira, foi feito quando passa um mês sobre a proibição de voos provenientes da África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Maláui, Moçambique, Namíbia e Zimbabué.

“As restrições de viagens (…) não são mais necessárias para proteger a saúde pública”, disse o Presidente Biden no decreto que anula a suspensão dos voos.

As restrições impediam a entrada nos EUA de viajantes, desde que não fossem norte-americanos, que tivessem permanecido durante os 14 dias anteriores à viagem naqueles oito países.

A medida foi duramente criticada, até mesmo pela Organização Mundial da Saúde (OMS), por “penalizar” os países africanos após a deteção da nova variante da doença Covid-19.

Além dos EUA, vários países europeus e o resto do mundo tomaram medidas semelhantes para tentar conter a expansão da variante Ómicron.

O primeiro caso de Ómicron nos Estados Unidos foi confirmado na Califórnia em 01 de dezembro e, desde então, a variante espalhou-se rapidamente pelo país.

No início deste mês, o principal epidemiologista do Governo norte-americano, Anthony Fauci, disse esperar que os Estados Unidos revissem as restrições de viagem da África Austral dentro de “um período de tempo razoável”.

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Desde a semana passada que a variante Ómicron é a mais contagiosa nos Estados Unidos, segundo dados do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês).

A Covid-19 provocou mais de 5,40 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.