O Governo aprovou, em Conselho de Ministros, um pacote de 26 contratos fiscais de investimento entre o Estado e diversas empresas, com um crédito fiscal máximo de 92 milhões de euros. Em causa está um investimento total de 937 milhões de euros.

O ministro das Finanças, João Leão, explicou aos jornalistas que os investimentos vão permitir a criação de 1.900 postos de trabalho e a manutenção de outros 9.500. Leão salientou que esta aprovação é “importante para o crescimento da economia portuguesa e o reforço da sua competitividade”. Os projetos têm um “forte peso da indústria transformadora” e estão “distribuídos pelo território português”. Questionado sobre quantos postos de trabalho vão ser criados no interior, João Leão não precisou um número concreto. Disse apenas que “muitas dezenas para não dizer centenas” de empregos serão no interior, e “uma parte importante”, a “maioria”, no Norte, enquanto “outra parte com alguma relevância” será em Lisboa.

Um dos projetos de investimento será feito pela gigante Ikea, especializada na venda de móveis, no valor de 61 milhões de euros.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, acrescentou que, com este pacote de incentivos fiscais, o país fecha o ano de 2021 com um “valor recorde na atração de investimento para o nosso país”. Questionado sobre se o anúncio pode ser considerado “eleitoralista” pela oposição, Santos Silva rejeitou. “Se há aqui algum risco de eleitoralismo? Nenhum. Estamos a aproveitar a disposição do Orçamento de 2021. A aprovação dos incentivos fiscais ao investimento tem de se fazer no quadro do Orçamento para 2021”, antes de “se esgotar o ano orçamental”.

O Governo fez ainda questão de fazer um balanço sobre o valor de investimento contratualizado pela Agência Portuguesa para o Investimento e o Comércio Externo (AICEP) em todo o ano de 2021. O secretário de Estado da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, adiantou que, com os projetos aprovados em Conselho de Ministros, o valor atingirá até ao final do ano 2,7 mil milhões de euros, “o valor mais alto registado em toda a história da agência, um valor assinalável porque mais do que duplica o melhor ano de sempre, de 2019”.

O investimento contratualizado este ano permite a criação de 7.274 postos de trabalho e a manutenção de 41.538 postos. Ao todo, foram contratualizados 124 projetos durante 2021, “espalhado por 70 municípios diferentes”. Os projetos vão desde o turismo, indústria automóvel, papel, imobiliário, madeira, cortiça, química, entre outros.

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