A norte-americana Riot Games, responsável por videojogos como “League of Legends”, vai pagar cerca de 71 milhões de euros para terminar uma ação coletiva por discriminação sexual no seio da empresa.

Num comunicado divulgado terça-feira, e citado pela agência EFE, a Riot Games anunciou ainda que, além dos 71 milhões de euros, pagará cerca de 18 milhões em honorários de advogados e outros gastos.

O acordo, do qual são beneficiárias tanto antigas trabalhadoras, que integraram a empresa desde novembro de 2014, como atuais, ainda tem que ser aprovado por tribunais do estado norte-americano da Califórnia, onde está a sede da Riot Games.

Além do pagamento da indemnização, a Riot Games aceitou que os processos de relatórios internos e de igualdade salarial sejam monitorizados durante três anos.

O processo foi aberto em 2018, na sequência de uma queixa apresentada por duas trabalhadoras da empresa que acusaram a Rito Games de discriminação sexual e assédio.

A empresa reconheceu, numa declaração do seu diretor executivo, Nicolo Laurent, que “nem sempre” defendeu os seus princípios e que há três anos decidiu “pedir desculpas, corrigir o rumo e construir uma Riot melhor”.

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A direção da Riot Games acrescentou esperar que o acordo “reconheça de forma apropriada aqueles que tiveram experiências negativas na empresa” e demonstra o desejo da companhia de “liderar com o exemplo” para que haja uma maior igualdade no setor dos videojogos.

No entanto, no comunicado é também assinalado que a ação coletiva iniciada em 2018 se centra na “alegada” discriminação e assédio na Riot.

Inicialmente, as autoridades da Califórnia exigiram o pagamento de uma indemnização de cerca de 354 milhões de euros às trabalhadoras da empresa, mas a Riot Games tem estado a negociar com vista a baixar o valor. A empresa disponibilizou-se a pagar apenas quase sete milhões de euros.

Em janeiro deste ano, Nicolo Laurent foi acusado de assédio sexual por uma trabalhadora. No entanto, em março, uma investigação levada a cabo pela empresa concluiu não haver provas do alegado ato.