Mais de três mil escolas com mais de 511 mil alunos estão fechadas devido à violência rebelde no Burkina Faso, anunciou, quarta-feira, o governo do país.

O porta-voz do governo, Alkassoum Maiga, afirmou no final de uma reunião do Conselho de ministros que “o número de escolas fechadas até à data é de 3.280, o que representa 13,09% de todas as estruturas educacionais do país“.

Estes são “números muito impressionantes, são motivo de preocupação”, disse, acrescentando que o encerramento afeta “511.221 alunos e 14.901 professores“.

“Estão a ser feitos esforços para não deixar as crianças fora do circuito educativo”, disse o Sr. Maiga, que é também Ministro do Ensino Superior, apontando para a reabertura de “205 escolas com 39.200 alunos e 1.099 professores”.

Maiga elogiou, por outro lado, “os esforços em prol das crianças deslocadas internamente, [que] permitiram que 135.981 alunos fossem reinscritos em 3.673 escolas em todo o país”.

De acordo com a última atualização do Conselho Nacional burquinabê de Ajuda de Emergência, em 30 de novembro de 2021, o Burkina Faso registava 1.501.775 pessoas deslocadas internamente, 61,48% das quais eram crianças.

O Burkina Faso enfrenta ataques “jihadistas” mortíferos com regularidade desde 2015, particularmente nas regiões do norte e leste do país, junto ao Mali e ao Níger, países que também enfrentam as intervenções dos grupos armados.

A violência associada aos grupos armados radicais islâmicos e às forças de segurança no Burkina Faso fez mais de 2.000 mortos em seis anos, de acordo com uma contagem da agência France-Presse.

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