O Parlamento aprovou, quinta-feira, um voto de pesar pela morte do bandarilheiro António Badajoz, que morreu aos 99 anos, lembrando a “lenda da tauromaquia”, com o PAN a votar contra e o BE a optar pela abstenção.

A iniciativa foi apresentada pelo CDS-PP e foi aprovada na sessão da Comissão Permanente da Assembleia da República, com votos favoráveis das bancadas, exceto o PAN, que votou contra e do BE, que se absteve.

António Badajoz, lenda da tauromaquia portuguesa, morreu aos 99 anos

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O texto recorda o bandarilheiro António Badajoz, que morreu no passado dia 24 de dezembro de 2021, caracterizando-o como “uma lenda da tauromaquia, considerado um dos melhores bandarilheiros portugueses de todos os tempos“.

“Com uma sensibilidade e um profundo conhecimento do toiro, António Badajoz foi um génio do toureio que influenciou gerações. Teve uma longa carreira, passou pelas grandes praças e feiras europeias e americanas, e toureou em Macau e na Indonésia”, lê-se na iniciativa.

De acordo com o texto, António Badajoz, “junto com o seu irmão, Manuel Badajoz, também bandarilheiro, fundou em 1950 a Escola de Toureio de Coruche, que viria a originar o surgimento de prestigiados bandarilheiros e matadores nacionais, entre eles Ricardo Chibanga, José Falcão, Parreirita Cigano e Víctor Mendes”.

António Badajoz despediu-se das arenas, no Campo Pequeno, a 5 de setembro de 1991“, lê-se.

Para além deste voto de pesar foi ainda aprovado um outro, desta vez por unanimidade, pela morte do antigo deputado do CDS-PP João Maria Abrunhosa Sousa.

No texto, os centristas referem que João Abrunhosa “morreu no passado dia 31 de Dezembro, aos 82 anos”.

“João Maria Abrunhosa Sousa foi deputado, pelo CDS, na Assembleia da República na II e IX legislaturas, altura em que não obstante graves problemas de saúde, nunca deixou de exercer o seu mandato com enorme empenho e brio”, lê-se na iniciativa.

O CDS escreve que “concluída a vida profissional, foi presidente da Comunidade Vida e Paz, dedicando-se inteiramente ao serviço da comunidade e ao apoio aos mais desfavorecidos”.

“Democrata-cristão convicto, João Maria Abrunhosa Sousa era, desde a fundação do partido, um homem do CDS e por todos recordado com admiração”, concluem.

Já no final dos trabalhos da Comissão Permanente, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, despediu-se dos deputados antes das eleições legislativas antecipadas marcadas para 30 de janeiro.

“Terminamos assim esta sessão da Comissão Permanente, tudo indica que seja a última, nunca se sabe, há muitas dificuldades ainda pela frente até à eleição de um novo parlamento mas esperemos que seja efetivamente a última sessão e espero que todos tenham uma boa campanha eleitoral e que tenham um ano muito feliz, e mesmo quatro anos muito felizes daqui até 2026. Obrigado a todos e boa sorte”, concluiu, com os deputados a baterem palmas encerrando a sessão.