O Hospital de Braga bateu, em 2021, o seu recorde de cirurgias, atingindo as 42.873, uma performance conseguida com a ajuda da contratualização com entidades externas, disse esta sexta-feira o presidente do Conselho de Administração.

Em declarações à Lusa, João Porfírio Oliveira adiantou que fora do hospital foram realizadas cerca de 11 mil cirurgias, contratualizadas com uma dezena de entidades, entre Misericórdias e unidades privadas de saúde.

“Em todos os casos, os cirurgiões são do Hospital de Braga. Ou seja, se dispuséssemos de mais salas operatórias, teríamos capacidade para realizar as operações dentro de portas e não seríamos obrigados a recorrer ao exterior”, sublinhou.

As 42.873 cirurgias realizadas em 2021 significam um aumento de 27% em relação a 2019, que até aqui tinha sido o melhor ano.

Já em comparação com 2020, o crescimento foi de 33%.

“Estes resultados devem-se, essencialmente, ao plano de manter o hospital a trabalhar em toda a força e à contratualização com entidades externas ou blocos operatórios fora do hospital”, referiu João Porfírio Oliveira.

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O responsável destacou ainda o facto de, em 2021, o Hospital de Braga ter alcançado a segunda posição a nível nacional em termos de produção cirúrgica, só sendo suplantado pelo São João, no Porto.

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Em termos de tempos de espera cirúrgica, João Porfírio Oliveira adiantou que se situa em cerca de 2,7 meses, uma média que disse ser agravada por três especialidades “mais complicadas”, como ortopedia, estomatologia e cirurgia plástica.

“Quase todas as outras especialidades têm tempos de espera abaixo dos dois meses, sendo que algumas têm mesmo tempo de espera exemplares”, referiu.

Em termos de consultas, o Hospital de Braga terminou 2021 com cerca de 45 mil doentes em lista de espera, o que significa uma redução de 11% em relação a 2019.

No ano passado, o hospital realizou 490 mil consultas, um crescimento de 15% em relação a 2020.

O tempo médio de espera por uma consulta foi de 3,4 meses.

O Hospital de Braga abriu em 2011, sucedendo ao “S. Marcos”.

Nos primeiros anos, foi gerido pelo Grupo Mello Saúde, uma parceria público-privada (PPP) que terminou em agosto de 2019, passando então a sua gestão para a esfera pública.