Nelson Veríssimo tinha ganho o primeiro jogo na Luz como técnico interino do Benfica em 2020, Nelson Veríssimo voltou a ganhar o primeiro jogo na Luz na segunda passagem pelo comando do Benfica em 2022 – desta vez a título definitivo pelo menos até ao final da temporada e depois de uma estreia a perder no Dragão. Num encontro importante até pelo que se tinha passado antes com o Sporting nos Açores, os encarnados não deram hipóteses ao P. Ferreira, venceram por 2-0 entre vários golos que ficaram por marcar e acabaram da melhor forma a primeira volta. Uma primeira volta melhor do que a anterior.

Veríssimo ganhou um jogo, uma ideia e um jogador: Paulo Bernardo (a crónica do Benfica-P. Ferreira)

Depois das duas derrotas com o FC Porto, na Taça de Portugal e no Campeonato, o Benfica voltou aos triunfos, chegou aos 40 pontos, ficou a quatro do segundo lugar do Sporting e manteve os sete de distância para os dragões, que lideram a Primeira Liga, tendo já um fosso de oito pontos para o quarto classificado, o Sp. Braga. Contas feitas, os encarnados fizeram mais seis pontos do que em 2020/21, marcaram muitos mais golos (49-30) e sofreram também menos um (15-16). No entanto, sobra também um dado no plano histórico que se transforma quase na luta da equipa para a segunda volta: apenas por uma vez um conjunto com sete pontos de atraso no final da primeira volta conseguiu ser campeão e esse mesmo conjunto foi o FC Porto em 2019/20, quando Veríssimo substituiu de forma interina Lage no comando.

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“Há que ter consciência da situação em que estamos. Há que ir jogo a jogo, lutar pela vitória em função daquilo que são os objetivos do clube. Sabemos de antemão que o principal desses objetivos é encurtar distâncias. Conseguimo-lo para uma das equipas [Sporting] que vai na frente. Agora temos de continuar o nosso caminho”, comentou Nelson Veríssimo na zona de entrevistas rápidas da BTV.

“Há que dar os parabéns os jogadores. Vimos de dois resultados menos positivos. Era importante entrar e vencer este jogo. Globalmente, foi um jogo muito positivo, não com a regularidade e consistência que sabemos que esta equipa pode render. Tivemos oportunidades suficientes para abrir o marcador ainda antes do primeiro golo, conseguimo-lo fazer depois da expulsão do P. Ferreira. Antes dessa situação, criámos situações suficientes para estar à frente do marcador. Na segunda parte, o domínio acabou por ser o nosso. Criámos oportunidades suficientes para dilatar ainda mais o resultado. Tendo em conta o contexto de que nós vimos, acaba por ser um jogo bem conseguido. Há muita margem de crescimento para a nossa equipa”, destacou sobre o jogo, voltando a falar sobre os adeptos: “Quando a equipa está ligada com o público, transcende-se. Houve vários momentos no jogo em que fez essa diferença”.

Também João Mário, médio que foi eleito o MVP do encontro e que marcou o terceiro golo da temporada (mais do que nas últimas cinco temporadas), destacou a exibição da equipa dentro do contexto em que chegava ao encontro. “Ser o MVP tem significado especial porque a equipa ganhou. É sempre bom quando recebes prémios individuais e a equipa leva os três pontos. Estamos a trabalhar muito bem, é preciso um pouco de paciência. Novo treinador, novas ideias… mas estamos no bom caminho. A equipa tentou bastante na primeira parte, criou várias oportunidades e foi importante marcar antes do intervalo”, referiu.