Os Estados-membros da União Europeia (UE) decidiram, segunda-feira, levantar a suspensão de voos para a África Austral de forma a permitir a retoma das ligações aéreas, que tinham sido interrompidas devido à variante Ómicron, anunciou a presidência francesa.

Numa publicação feita na rede social Twitter, a presidência francesa do Conselho da UE dá conta de um “acordo entre os Estados-membros no IPCR [grupo de resposta do Conselho a situações de crise] esta manhã para retirar o travão de emergência em vigor de forma a permitir a retomada do tráfego aéreo com os países da África Austral”.

“Os viajantes desta área continuarão, contudo, sujeitos às medidas sanitárias aplicáveis aos viajantes de países terceiros”, adianta.

A medida acordada surge depois de, no final de novembro passado, os Estados-membros da UE terem decidido suspender temporariamente voos de sete países da África Austral, incluindo Moçambique, devido à identificação de uma variante do coronavírus na África do Sul altamente mutante, a Ómicron.

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Esta variante é agora dominante em vários países da UE.

A decisão de segunda-feira foi adotada no âmbito do grupo de resposta do Conselho a situações de crise (IPCR), que junta Estados-membros, instituições europeias e especialistas.

O travão de emergência ativado em novembro passado foi implementado na UE devido à pandemia de Covid-19 e visa fazer face a situações preocupantes, como novas variantes, o que permite aos Estados-membros o endurecimento de medidas para travar a progressão do coronavírus SARS-CoV-2.

A Covid-19 provocou 5.478.486 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.