Os Estados-membros da União Europeia (UE) decidiram, segunda-feira, levantar a suspensão de voos para a África Austral de forma a permitir a retoma das ligações aéreas, que tinham sido interrompidas devido à variante Ómicron, anunciou a presidência francesa.
Numa publicação feita na rede social Twitter, a presidência francesa do Conselho da UE dá conta de um “acordo entre os Estados-membros no IPCR [grupo de resposta do Conselho a situações de crise] esta manhã para retirar o travão de emergência em vigor de forma a permitir a retomada do tráfego aéreo com os países da África Austral”.
???????????? Member States have agreed this morning at IPCR meeting to lift the emergency break to allow air travel to resume with southern African countries. (…) 1/2 ⤵️
— Présidence française du Conseil de l’UE ???????????????? (@Europe2022FR) January 10, 2022
“Os viajantes desta área continuarão, contudo, sujeitos às medidas sanitárias aplicáveis aos viajantes de países terceiros”, adianta.
A medida acordada surge depois de, no final de novembro passado, os Estados-membros da UE terem decidido suspender temporariamente voos de sete países da África Austral, incluindo Moçambique, devido à identificação de uma variante do coronavírus na África do Sul altamente mutante, a Ómicron.
Esta variante é agora dominante em vários países da UE.
A decisão de segunda-feira foi adotada no âmbito do grupo de resposta do Conselho a situações de crise (IPCR), que junta Estados-membros, instituições europeias e especialistas.
O travão de emergência ativado em novembro passado foi implementado na UE devido à pandemia de Covid-19 e visa fazer face a situações preocupantes, como novas variantes, o que permite aos Estados-membros o endurecimento de medidas para travar a progressão do coronavírus SARS-CoV-2.
A Covid-19 provocou 5.478.486 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.