A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) disse, esta terça-feira, que o primeiro-ministro, António Costa, concordou com a necessidade da reabertura do programa Apoiar.pt, durante uma reunião com o setor do turismo, em Lisboa.

“Em resposta à questão colocada pelo presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, no decurso da reunião promovida pela CTP [Confederação do Turismo de Portugal] com o secretário-geral do Partido Socialista, sobre a necessidade da reabertura do programa Apoiar.pt, foi com satisfação que registamos ter António Costa respondido afirmativamente”, segundo um comunicado divulgado pela associação.

Segundo a associação, “as circunstâncias em que se baseou o programa Apoiar.pt até abril mantêm-se, tendo-se mesmo agravado, de abril a dezembro”.

Por isso, “a APAVT manterá todos os esforços, quer na sua esfera de atuação, quer integrada na Confederação do Turismo de Portugal, no sentido de que as verbas devidas de abril de 2021 a dezembro de 2021 sejam efetivamente pagas às empresas”.

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Citado na mesma nota, Pedro Costa Fereira disse que António Costa “falou nesta reunião num esforço conjunto que foi realizado para preservar a oferta turística em Portugal. Em certa medida, concretamente no que se refere ao Apoiar.pt, este esforço foi interrompido pelo Governo cessante. É com satisfação que registamos a abertura do Partido Socialista para retomar o esforço em caso de vitória eleitoral”.

Em dezembro, no congresso da APAVT, em Aveiro, Pedro Costa Fereira defendeu que “é crítico que se reative o programa Apoiar.pt. A verdade é que o programa funcionou até abril de 2021, quando a crise se alongou até hoje, sendo que, hoje, as restrições à atividade económica e à mobilidade são tão absolutamente claras como eram então. A diferença é que hoje é absolutamente visível que as empresas estão ainda mais frágeis, logo, muito mais necessitadas de apoio”.

Na altura, Pedro Costa Ferreira insistiu que “há muito tempo” que setor sabe que “os apoios foram insuficientes, frequentemente tardio o momento em que ocorreram, bem como, demasiadas vezes, foram difíceis os processos administrativos de acesso aos mesmos”.

“Mais do que isso, todos sabemos que não poderão acabar, sob pena de inutilizarmos os esforços já desenvolvidos, transformando então fundo pedido em saco roto. Por outras palavras, é imprescindível que não permitamos que o setor, e com ele a capacidade de recuperação do país, morram na praia, por interrupção dos apoios necessários”, sublinhou então.

Notícia atualizada às 17h18