Cinco cientistas portugueses viram aprovadas as suas candidaturas ao Horizonte Europa, programa de apoio à investigação científica da União Europeia. Estes cinco cientistas de nacionalidade portuguesa foram assim incluídos numa lista de “397 investigadores em início de carreira” a quem o Conselho Europeu de Investigação — órgão criado em 2007 pela Comissão Europeia — concedeu bolsas.

Aos cinco cientistas em questão foi concedido um bolo total de mais de oito milhões de euros em financiamento, de um total de 619 milhões de euros atribuídos pelo programa, noticia o Público.

Os investigadores, como esclarece a lista publicada pelo Conselho Europeu de Investigação no seu site, são Vera Aldeias (da Universidade do Algarve), Yonatan N. Gez (ISCTE), Sérgio Miguel Rosa Domingos (Universidade de Coimbra), Susana Soares (REQUIMTE – Rede de Química e de Tecnologia) e Manuel Souto (Universidade de Aveiro).

As bolsas vão “ajudar investigadores jovens e ambiciosos a lançarem os seus próprios projetos, a formarem as suas equipas e a perseguirem as suas melhores ideias”, lê-se no site do Conselho Europeu de Investigação. Dos 397 investigadores apoiados por este programa, 43% são mulheres — um aumento face ao ano anterior, em que 37% dos cientistas apoiados eram mulheres.

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A Alemanha foi o país mais apoiado, com 72 projetos de investigação científica com financiamento aprovado. Seguem-se França (53), Reino Unido (46) e Países Baixos (44). Já em relação à nacionalidade dos bolseiros, há 67 investigadores alemães apoiados, 58 italianos, 44 franceses e 27 dos Países Baixos. Treze dos investigadores a quem foi concedido financiamento residiam nos Estados Unidos da América mas vão mudar-se para a Europa devido às bolsas.

As candidaturas ao novo programa europeu de financiamento e apoio à investigação científica foram avaliadas por investigadores de vários pontos do globo. Estes jurados analisaram mais de 4.000 propostas de projetos enviadas e as suas escolhas irão criar mais de 2 mil empregos para estudantes de doutoramento, pós-doutorados e investigadores de instituições de ensino superior.

Citada no site oficial do Conselho Europeu de Investigação, a presidente deste órgão, Maria Leptin, afirma: “Permitir ao jovem talento florescer na Europa e permitir a jovens talentosos irem atrás das ideias mais inovadoras — este é o melhor investimento que poderíamos fazer no nosso futuro. Temos de confiar nos jovens e nos seus contributos que podem dar sobre que áreas serão importantes amanhã”.