No plano meramente teórico, não ia ser propriamente um mês de dezembro com grandes facilidades para o FC Porto. Contas feitas, sete encontros depois, falhou apenas um dos objetivos que passava pela qualificação para os oitavos da Liga dos Campeões com a derrota na receção ao Atl. Madrid; no resto, a equipa azul e branco prolongou a série de vitórias seguidas no Campeonato (isolando-se no primeiro lugar na primeira ronda de janeiro, pelo deslize do Sporting nos Açores) e qualificou-se para os quartos da Taça de Portugal no primeiro de dois triunfos no clássico frente ao Benfica. Por tudo isto, e entre muitos elogios a jogadores e equipa técnica, Pinto da Costa, presidente do clube, aproveitou para deixar algumas “farpas”.

“Os mesmos que andam há 40 anos a fazer-nos funerais ligeiramente exagerados vaticinaram, no início do mês passado, que dezembro seria um mês fatídico para o FC Porto. Terminámo-lo com vitórias claras sobre um rival direto na luta pelos títulos nacionais e na liderança do Campeonato, o principal objetivo que assumimos em cada temporada. Só os muito desatentos ou muito ignorantes – e os que acumulam – podem ter ficado surpreendidos com as nossas prestações. A competência do nosso treinador é demasiado evidente – e já vai na quinta temporada consecutiva à frente do FC Porto –, além de que a qualidade da equipa também é inquestionável. Surpreendentes só podem ser, por isso, os azares que por vezes também nos podem bater à porta”, começou por referir no editorial da revista Dragões de janeiro.

“A irracionalidade que pode levar alguns dos nossos adversários a pensar que somos tão fracos como eles desejariam não é só motivada por uma avaliação errada do nosso momento atual. Esses ignoram igualmente que o FC Porto tem acumulado sucessos ao longo de várias décadas porque tem conseguido ser sempre fiel a um conjunto de princípios transmitidos entre as diversas gerações de treinadores, jogadores e dirigentes, muito bem identificados, curiosamente, por um adepto de um dos nossos rivais”, referiu.

“O jornalista Luís Osório, assumidamente benfiquista, escreveu que o FC Porto é um ‘clube verdadeiramente único com uma identidade própria e que faz da união e da solidariedade entre todos o seu modo de vida, a sua força e razão de existir’. Acrescentou que ser portista ‘é um ato de resistência’ e que jogar no FC Porto é ‘fazer parte de uma família e contribuir para uma história que torna cada pessoa mais importante do que os títulos que ganha'”, salientou o número 1 dos azuis e brancos, antes de colocar também o foco nas modalidades e na quebra do longo jejum de títulos internacionais da equipa de hóquei em patins .

“Unidos e solidários, resistentes perante todas as adversidades, mais preocupados com o clube do que com qualquer um de nós, fechámos 2021 em alta no futebol e em todas as outras modalidades. Com base nos mesmos valores, apesar das injustiças que nos impõem e que não temos como controlar, sagrámo-nos campeões do mundo de hóquei em patins no pavilhão do Sporting. Seguindo a mesma linha, acredito que teremos um ano de 2022 recheado de êxitos em todas as modalidades”, concluiu, não passando também ao lado do que se passou na última final da Liga de basquetebol também diante dos leões.

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