Pelo segundo jogo consecutivo, e apesar de uma justa vitória no terreno do Vizela (3-1) que coloca o FC Porto nas meias-finais da Taça de Portugal frente ao Sporting, os dragões tiveram de recorrer a algum sprint pós-intervalo para resolver um problema, embora não tão grave como foi o do campeonato com o Estoril. De qualquer forma, e mesmo com todas as ausências por Covid-19, o Vizela foi competente e apenas na segunda parte, com a tal melhoria, acabaria derrotado pela equipa de Sérgio Conceição que admite que o “golo cedo” pode ter impactado o jogo, mas que houve “muito mérito e não se pode tirar esse mérito” ao adversário desta noite.

“Não podemos tirar o mérito ao Vizela de estar sempre em jogo. Eu acho que esteve sempre bem organizado e é uma equipa muito bem organizada, bem trabalhada e conseguiu dentro daquilo que era a sua organização defensiva criar alguns problemas. Nós já tínhamos jogado aqui para o campeonato [4-0] e o Álvaro Pacheco percebeu como é que fizemos mal ao Vizela e hoje precaveu-se em relação a isso. Sei que faltavam alguns jogadores, também alguns do FC Porto, mas tínhamos a obrigação de chegar aqui, dar uma resposta positiva e ganhar o jogo. Mais por mérito do Vizela, mas também por algum demérito nosso, a primeira parte não foi tão bem conseguida. Depois na segunda parte retificamos algumas situações onde foi essencial para que déssemos no fundo a volta à situação e marcámos mais dois golos”, frisou na flash interview.

Fábio foi lá para o meio para que o jogo caísse para um dos lados (a crónica do Vizela-FC Porto)

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Sobre se foi complicado desenhar um onze e enfrentar uma equipa com tantas incógnitas devido às ausências, Sérgio Conceição diz que conseguiu porque está, juntamente com a sua equipa técnica “atento aos miúdos e aos jogadores que não tem tantos minuto”, inclusivamente “um ou outro jogador dos sub-23”. “Temos informações sobre isso e a partir do momento em que soubemos que havia alguns casos de Covid no Vizela… o Ofori foi meu jogador na Académica, isto é o nosso trabalho e temos de conhecê-los minimamente, para decifrar o que é o adversário”, referiu.

Depois, admitindo que “não é fácil preparar um jogo assim”, disse não gostar deste mês: “Não é fácil neste mês terrível. Não gosto deste mês de mercado, acho que altera muito aquilo que é o comportamento e o estado emocional dos jogadores, há muita gente à volta dos jogadores, há muitas situações que são faladas, criadas e cria sempre alguma instabilidade. Não é fácil também por isso. E é um jogo da Taça, não podemos esquecer isso. Calhou-nos uma equipa bastante competente, com um excelente treinador e uma equipa técnica capaz que consegue dar ao Vizela coisas muito positivas, tanto na sua dinâmica defensiva, mas também em termos ofensivos. E hoje com algumas limitações viu-se que o Vizela foi sempre uma equipa que esteve em jogo”.

Sérgio Conceição, em cinco anos de FC Porto, chegou sempre às meias-finais da Taça de Portugal e vê isso como uma “obrigação”. Segue-se o Sporting na competição e apesar de dizer que as vitórias são “importantes naquilo que é a caminhada em cada uma das competições, a vitória final é o que importa”.

Corona saiu ao intervalo, entrando Pepê, mas Conceição não atribui qualquer relação ou sequer falou sobre a hipótese de o mexicano ir para o Sevilha. Já sobre Sérgio Oliveira, já oficializado pela Roma de José Mourinho, foi claro: “Não sou diretor financeiro. Mas no plano desportivo nenhum treinador gosta de perder jogadores e jogadores que têm o seu peso na equipa. Desportivamente é mau para mim, mas tenho que trabalhar com os que tenho e tenho de dar o meu melhor com os jogadores que tenho”, frisou.