O número de refugiados menores não-acompanhados na Grécia diminuiu para 2.225, metade dos registados em março de 2020, estando em curso a sua relocalização em países como Portugal, segundo dados esta quarta-feira apresentados pelo Ministério da Migração.

A redução deste número foi possível graças aos acordos de relocalização imediata que a Grécia assinou com vários países, apesar de as fronteiras terem fechado por causa da pandemia de Covid-19, indicou numa conferência de imprensa Irini Agapidaki, até há alguns dias secretária especial para a Proteção dos Menores Não-Acompanhados.

Tirávamos crianças das selvas de Moria (na ilha de Lesbos) e Samos e levávamo-las, ao abrigo de um quadro de proteção, para outros países”, precisou.

Segundo adiantou Agapidaki, em março de 2020 havia em território grego cerca de 5.500 menores não-acompanhados.

Por seu lado, a vice-ministra da Migração e Asilo, Sofia Vultepsi, afirmou que o Ministério da Migração e Asilo sabe quem é e exatamente onde está cada um dos menores não-acompanhados que se encontram em território grego.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Nos próximos meses, está prevista a relocalização de 440 menores não-acompanhados noutros países da União Europeia, 357 dos quais virão para Portugal, um dos países que mais solidariedade mostraram com a Grécia nesse aspeto.

Segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), no ano passado, 8.803 migrantes chegaram à Grécia através de rotas marítimas ou terrestres, a partir da Turquia, em contraste com os 15.696 chegados em 2020.

De acordo com Agapidaki, a Grécia tem neste momento capacidade para receber a longo prazo cerca de 2.500 menores não-acompanhados em estruturas de alojamento que podem garantir a sua proteção.

O país foi duramente criticado por ter menores em campos sem proteção e inclusive em esquadras policiais, o que, como insiste o Governo do conservador Kyriakos Mitsotakis, já não se verifica.