O Sindicato dos Jornalistas (SJ) lamentou esta quarta-feira que a discussão à volta do jornalismo e dos jornalistas esteja “praticamente ausente dos programas eleitorais”, cujas eleições legislativas estão marcadas para 30 de janeiro.

“Em arranque de ano civil e tendo em conta que no ano passado dois jornalistas venceram o Prémio Nobel da Paz, Maria Ressa e Dmitry Muratov, o SJ lamenta que em vésperas de eleições legislativas a discussão em torno da profissão esteja praticamente ausente dos programas eleitorais”, afirma a estrutura sindical, em comunicado.

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“O chavão que o jornalismo é um pilar de uma sociedade democrática é tantas vezes usado por responsáveis políticos que seria de esperar que a defesa do jornalismo deixasse de se limitar ao discurso e passasse a fazer parte da ação“, considera o Sindicato dos Jornalistas.

O SJ recorda que “ao longo do último ano” fez várias propostas “a todos os partidos políticos com assento parlamentar.

Estranhamente ou não, e apesar da anuência ou concordância manifestada nessas reuniões, o jornalismo e os jornalistas praticamente não entram nas preocupações de quem quer ser governo a partir de dia 30 de janeiro, critica o Sindicato dos Jornalistas.

O SJ “sempre apoiou e apoiará todas as medidas em defesa da profissão e do serviço público de notícias (rádio, televisão e agência), sublinhando a importância de manter e reforçar esse serviço público, que é essencial a um saudável regime democrático”, defende.