O programa Autorização de Residência para Investimento (ARI), conhecido como vistos gold, conseguiu captar, em 2021, pouco mais de 460 milhões de euros de investimento. O número representa uma quebra 28% face aos 646,7 milhões gerados em 2020, segundo as estatísticas divulgadas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e noticiadas pelo Diário de Notícias.

Além do valor, houve uma queda no número de beneficiários de 865 para 548, de 2020 para 2021.

Os dados comprovam que os números têm estado a descer nos últimos anos. O auge do programa vistos gold foi atingido em 2014, ano em que foram autorizados mil vistos, com um investimento de 921 milhões de euros. Ainda assim, antes da pandemia os valores eram bastante superiores aos do último ano: 1245 cidadãos estrangeiros entraram em Portugal, com um investimento de 742 milhões de euros.

Em nove anos, período de duração do programa, foram mais de 10 mil autorizações de residência que se reverteram num investimento de 6099 milhões de euros para Portugal.

Chineses (5034), brasileiros (1059), turcos (482), sul africanos (428) e russos (424) foram as nacionalidades mais atraídas pelos vistos gold portugueses, que permitem a quem chega com este estatuto residir, trabalhar em Portugal e viajar livremente pelo espaço Schengen.

Em 2022 entraram em vigor novas regras para os vistos gold, nomeadamente na aquisição de imóveis. Apesar de o valor se manter, só obterá o visto quem comprar casa no interior do país, nos Açores ou na Madeira. Nas transferências de capital há um aumento de um milhão para 1,5 milhões, desde que aplicado em instituições de crédito, em valores mobiliários e em instrumentos de dívida pública.

As transferências para atividades de investigação, participações em fundos de investimento e/ou de capital de risco e constituição de sociedades comerciais, que tinham um mínimo exigido 350 mil euros, passam para 500 mil.

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