Centenas de pessoas e os principais líderes políticos de Itália desfilaram esta quinta-feira em Roma na despedida ao presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, que morreu na passada terça-feira e foi recordado como um “homem bom”.

O início do funeral com honras de Estado de Sassoli está previsto para as 12h00 locais de sexta-feira (11h00 horas em Lisboa) numa basílica na capital italiana, na presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a par de diversos responsáveis políticos italianos e europeus, incluindo do Governo português.

Esta quinta-feira, pela câmara ardente instalada numa sala do Palácio del Campidoglio romano, em Roma, passaram centenas de pessoas e os principais líderes políticos italianos que quiseram prestar uma última homenagem a um político que consideravam “um homem bom” e um europeísta convicto.

Na sala acumularam-se coroas de flores provenientes de numerosas instituições italianas e europeias, ao som da música sacra de Johann Sebastian Bach.

O féretro foi recebido de manhã pela sua mulher, Alessandra Vittorini, e pelos seus filhos, Giulio e Livia, na presença do presidente da câmara municipal de Roma, Roberto Gualtieri.

O Presidente da República, Sergio Mattarella, compareceu na última saudação ao político e jornalista pouco após a abertura da câmara ardente, e durante o dia foi seguido por todos os líderes políticos italianos, incluindo o primeiro-ministro, Mario Draghi.

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O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, vai representar o Governo português no funeral de David Sassoli, indicou o próprio em declarações à Lusa na cidade francesa de Brest, onde participou numa reunião informal dos chefes de diplomacia dos 27 Estados-membros da União Europeia (UE).

O Governo espanhol confirmou ainda esta quinta-feira a presença do primeiro-ministro, Pedro Sánchez, no funeral de Estado de David Sassoli.

Fontes do executivo espanhol confirmaram à agência noticiosa EFE a presença de Sánchez neste ato de despedida ao político italiano, que foi organizado pelo Governo de Itália após proposta do primeiro-ministro, Mario Draghi.

Na próxima segunda-feira, na sessão evocativa que vai decorrer no Parlamento Europeu em Estrasburgo, o Governo português será representado pela secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias.

Sassoli morreu na terça-feira, aos 65 anos, em Aviano (Itália), onde se encontrava hospitalizado desde 26 de dezembro, sendo o primeiro presidente do Parlamento Europeu a morrer em exercício de funções nas quais estava prestes a ser substituído, no cumprimento de um acordo de partilha do mandato de cinco anos.

Morreu David Sassoli, presidente do Parlamento Europeu

David Sassoli contraiu uma pneumonia em setembro de 2021, que o obrigou a receber tratamento hospitalar em Estrasburgo, França, e, embora tenha recebido alta hospitalar uma semana depois, prosseguiu a recuperação em Itália e esteve mais de dois meses ausente das sessões plenárias do parlamento, regressando no final do ano.

Na próxima semana, na primeira sessão plenária do ano, o Parlamento Europeu deverá eleger um novo presidente da assembleia, algo que já estava previsto a meio da atual legislatura, e não relacionado com o estado de saúde de Sassoli.

A maltesa Roberta Metsola, do Partido Popular Europeu, é a favorita para suceder ao dirigente socialista italiano, que assumiu o cargo no verão de 2019.