No dia 13 de janeiro de 2012, o cruzeiro italiano Costa Concordia afundou ao largo de Isola del Giglio, em Itália.

O capitão do navio, Francesco Schettino, tentava aproximar-se mais perto do porto de Giglio para saudar os seus habitantes, quando o cruzeiro embateu numa rocha debaixo de água, e abriu uma fenda de 70 metros de comprimento na embarcação.

Francesco Schettino foi condenado, segundo jornal italiano La Stampa, a 16 anos de prisão por múltiplo homicídio e por ter abandonado o navio antes de todos os passageiros estarem em segurança. Agora, com 61 anos de idade, o capitão encontra-se a cumprir pena numa prisão em Roma, onde estuda direito e jornalismo.

Do naufrágio resultaram 32 mortes — 27 passageiros e cinco membros da tripulação. Morreu ainda um elemento da equipa de socorro. A bordo do cruzeiro estavam, na altura do desastre, cerca de 3200 passageiros e mil funcionários, quase o dobro das pessoas a bordo do R.M.S. Titanic, em 1912.

Para Ilarione Dell’Anna, o almirante da Guarda Costeira responsável pelas operações de socorro, “este foi um episódio com uma importância histórica para quem estuda problemas náuticos“, tendo sido a maior operação de socorro marítimo até à data.

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O velho ponto de partida era o Titanic. Acredito que hoje em dia o novo ponto de partida seja o Costa Concordia. Nunca tinha acontecido nada assim anteriormente. Devemos estudar isto, para ver o que aconteceu e o que podemos aprender”, explicou à Vanity Fair, em 2012, o almirante.

Foram necessários quase dois anos para que o navio fosse retirado do local e transportado para outro porto, onde foi depois desmontado.

O colosso turístico tinha 1500 cabines de luxo, seis restaurantes, 13 bares, um ginásio com spa de dois andares, um teatro, quatro piscinas, um casino e uma discoteca, a Lisbona Disco.