O diretor-delegado da Fundação Casa de Mateus, Fernando de Sousa Botelho de Albuquerque, morreu na madrugada de sexta-feira aos 80 anos, anunciou aquela instituição.

Em comunicado publicado no seu “site”, a Fundação Casa de Mateus retratou Fernando de Albuquerque como um “homem do seu tempo” que acompanhou “sempre de perto a reconstrução do Portugal democrático” ao leme da instituição.

Fernando de Albuquerque nasceu em Lisboa, a 4 de dezembro de 1941, tendo dedicado “grande parte da sua vida ao desenvolvimento do legado” do pai, fundador daquela instituição com sede em Vila Real.

A morte do diretor-delegado da fundação acontece pouco mais de um mês depois de ter sido distinguido com a Grã-Cruz da Ordem do Infante pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Em 2011, a fundação tinha sido reconhecida com o grau de membro honorário da Ordem do Infante D. Henrique pelo então chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva.

De acordo com a Fundação Casa de Mateus, Fernando de Albuquerque deixou como “marcos de uma ação constante” os seminários Repensar Portugal, iniciados em 1978, a “transformação do panorama da música antiga em Portugal com a criação dos Encontros Internacionais de Música da Casa de Mateus, a instituição do Prémio D. Diniz, em 1980, a criação do Instituto Internacional Casa de Mateus, em conjunto com todas as Universidades e Academias Científicas portuguesas, em 1986, ou ainda a inauguração da Residência de Artistas, em 1998”.

Fernando de Albuquerque era graduado em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico, diplomado em Indústria Alimentar pela Universidade de Louvain, na Bélgica, e foi professor assistente da Universidade de Luanda entre 1967 e 1970.

Atualmente, era presidente do conselho de administração da Lavradores de Feitoria.

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